Registros são de cadeiras quebradas, móveis jogados do lado de fora, vazamento em vasos sanitários e outros. Secretaria de Saúde diz que as unidades estão na prioridade da lista de reformas.
Pacientes e médicos denunciam acúmulo de sujeira, mofo, mato alto e prédios danificados, que aparecem com a falta de manutenção em várias unidades de saúde de Goiânia. Os registros são de cadeiras quebradas, móveis jogados do lado de fora, vazamento em vasos sanitários e outros. A Secretaria de Saúde de Goiânia disse que as unidades mostradas na reportagem estão na prioridade da lista de reformas.
No centro de saúde do Parque Amazônia, a reportagem flagrou logo na entrada um banco de concreto quebrado, com a ferragem exposta. Dentro da unidade, as infiltrações estão por todo lado. Alguns banheiros estão interditados e outros com descarga quebrada. O bebedouro de água potável não funciona, segundo funcionários.
No Centro Integrado de Atenção Médico Sanitária (Ciams) Novo Horizonte, além de mato, ainda tem lixo acumulado. A unidade está com janelas quebradas, três banheiros interditados e outros funcionam com vazamento no vaso sanitário. O ralo de um banheiro está destampado.
“O que sai de rato aqui [ralo]. Tempo de pegar uma doença, uma lepitospirose. Sai de casa para tratar uma doença, chega aqui e pega outra”, disse um paciente.
A Secretaria de Saúde de Goiânia (SMS) disse em nota que está contratando uma empresa para fazer as reformas necessárias nas unidades de saúde. Sobre o mato alto, a pasta disse que fez o pedido de roçagem à Comurg.
A médica Patrícia Barbosa Gonçalves trabalha na unidade do Parque Amazônia há cinco anos e conta que tem medo de o teto desabar.”A impressão que eu tenho é que um dia eu vou chegar lá e o teto vai ter desabado. Aí eu me preocupo com o horário que esse teto vai desabar. Se vai estar cheio de gente lá, se os funcionários vão estar trabalhando, se a fila da vacina vai estar gigantesca, como nos últimos dias”, disse a médica.
No Centro de Atenção Integrada à Saúde (Cais) Vila Nova, os problemas com infiltração e mofo preocupam pacientes e funcionários. A unidade tem cadeiras quebradas jogadas no chão e móveis empilhados do lado de fora.
A presidente do Sindicato dos Médicos de Goiás (Simego), Franscine Leão disse que a estrutura precária compromete a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.
“A ambiência é de extrema paciência para a recuperação do paciente. Ele se sentir acolhido e com estrutura de qualidade é importante. Condições insalubres dificultam a assistência de qualidade da população”, disse Leão.
No Cais de Campinas, uma mãe filmou o consultório durante atendimento médico um líquido preto vazando do ar condicionado
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O Ciams do Pedro Ludovico está fechado desde julho de 2020. A proposta da prefeitura de Goiânia era trocar o piso, telhado e portas e entregar a obra pronta em 60 dias. A reforma também ampliaria os consultórios de especialidades médicas.
Sobre o Ciams Pedro Ludovico, a secretaria de Saúde informou que a empresa contratada abandonou a reforma e que agora vai contratar outra.
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