Petrobras aumenta gasolina em mais de 5,% e diesel em 14,2%

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Petrobras aumenta gasolina em mais de  5,% e diesel em 14,2%
17-06-2022
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Reajustes ocorrem após pressão do governo para segurar preços

Após resistir a pressão do governo, a Petrobras anunciou nesta sexta-feira (17) reajustes de
5,2% no preço da gasolina e de 14,2% no preço do diesel, alegando que o mercado de petróleo
passou por mudança estrutural e que é necessário buscar convergência com os preços
internacionais.
Após 99 dias sem aumentos, o preço médio da gasolina nas refinarias da estatal passará de R$
3,86 para R$ 4,06 por litro. Já o preço do diesel passará de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro. O
último ajuste ocorreu há 39 dias.

Na quinta (16), o conselho de administração da companhia rejeitou pedido do
governo para evitar reajustes, defendendo que a definição de preços é
atribuição da diretoria executiva. A reunião havia sido convocada a pedido do
ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira

O pedido foi uma última cartada do governo para tentar evitar o aumento em
meio ao esforço para aprovar um pacote de medidas para tentar reduzir os
preços, que, segundo o presidente Jair Bolsonaro (PL), poderia baixar os
preços da gasolina e do diesel em R$ 2 e R$ 1 por ltiro, respectivamente.
Na quarta (15), o Congresso concluiu a votação de projeto de lei que
estabelece um teto para alíquotas do ICMS sobre os combustíveis, que pode
reduzir o preço médio da gasolina em R$ 0,657 por litro, segundo projeção
do consultor Dietmar Schupp.

Na semana que vem, o Congresso debate a chamada PEC dos combustíveis,
que autoriza o governo a zerar impostos federais sobre a gasolina e
compensar estados que se dispuseram a reduzir o ICMS sobre o diesel e o gás
de cozinha.
Logo após a reunião do conselho, a Petrobras entrou foi alvo de ataques de
Nogueira e do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

O ministro pediu um “basta” e disse que a empresa “não pode abandonar os
brasileiros na maior crise do último século”. O deputado disse que a empresa
está em “estado de guerra” contra o Brasil e comparou reajustes ainda a “um
bombardeio”.

Também na quinta à noite, em sua live semanal, Bolsonaro disse que um
novo reajuste no preço dos combustíveis teria “interesse político para atingir
o governo federal”. Na manhã desta sexta, ele voltou a criticar a empresa.
“A Petrobras pode mergulhar o Brasil num caos. Seu presidente, diretores e
conselheiros bem sabem o que aconteceu com a greve dos caminhoneiros em
2018, e as consequências nefastas para a economia do Brasil e a vida do
nosso povo.”

Defensora de mudanças na política de preços da empresa, a FUP (Federação Única dos
Petroleiros) afirmou que o reajuste “é mais um descaso do governo federal com o trabalhador
brasileiro, a maior vítima da disparada dos preços dos derivados e descontrole da inflação”.
Em nota divulgada nesta sexta, a Petrobras disse que “é sensível ao momento em que o Brasil e
o mundo estão enfrentando e compreende os reflexos que os preços dos combustíveis têm na
vida dos cidadãos” mas que o mercado global de energia está “em situação desafiadora”.
“Com a aceleração da recuperação econômica mundial a partir do segundo semestre de 2021 e,
notadamente, com o início do conflito no Leste Europeu em fevereiro de 2022, tem-se
observado menor oferta e maior demanda por energia, com aumento dos preços e maior
volatilidade nas cotações internacionais”.

A companhia afirmou ainda que, com os reajustes, “reitera seu compromisso com a prática de
preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse
imediato para os preços internos da volatilidade das cotações internacionais e da taxa de
câmbio”.

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