População ainda sofre com falta de vacinas na rede pública de Goiás

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População ainda sofre com falta de vacinas na rede pública de Goiás
12-12-2015
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Faltam doses de ao menos cinco tipos de vacinas em Goiânia e Aparecida.
Secretarias alegam baixo repasse por parte do Ministério da Saúde.

A população continua a reclamar de dificuldades para encontrar alguns tipos de vacinas nas redes públicas de saúde da Grande Goiânia. Há registro de falta de doses contra hepatite A, hepatite B, antirrábica, antitetânica, e a DTP, que previne contra difteria, tétano e coqueluche. Em alguns postos de saúde o problema já ocorre há mais de dois meses.

Com isso, quem precisa de imunização está em risco, como a auxiliar de costura Rosana Aparecida Meireles, que foi mordida por um gato, e esteve na manhã desta sexta-feira (11) no Centro de Atenção Integral à Saúde (Cais) Nova Era, em Aparecida de Goiânia, em busca da vacina antirrábica. Apesar da espera, ela foi embora sem conseguir. “É um risco que a gente corre, pois se não tem o soro para a gente prevenir a doença, a situação é preocupante”, disse.

Outro que enfrenta problemas é o gerente de loja Valdemiro Santana, que mostra a carteirinha de vacinação da filha incompleta. Segundo ele, apesar de circular por várias unidades de saúde, não encontra as doses de que ela precisa. “Nos primeiros anos de vida essas vacinas são importantíssimas, pois vão livrar as crianças de muitas doenças”, alertou.

No Centro Integrado de Assistência Médico Sanitária (Ciams) do Setor Pedro Ludovico, em Goiânia, os pacientes não conseguem encontrar doses contra hepatite A, B, antitetânica e antirrábica.

Já no Cais Chácara do Governador, também na capital, foram recebidas algumas doses após 20 dias sem vacinas. No entanto, segundo os funcionários, a quantidade reposta será suficiente para imunizar apenas as primeiras 24 pessoas. Com isso, a previsão é de que as vacinas acabem já nas próximas horas.

As Secretarias Municipais de Saúde da capital e de Aparecida de Goiânia informaram que quem é responsável por fazer o repasse das vacinas é a Secretaria Estadual de Saúde (SES).

Já a SES informou que recebe as doses do Ministério da Saúde, que tem feito um repasse menor em função de dificuldades com os fornecedores dos produtos.

G1 entrou em contato com o ministério, por sua vez, e aguarda um parecer sobre o caso. Ao ser questionado sobre o mesmo problema, em outubro passado, o órgão informou que envia as doses mensalmente aos estados e “cabe às secretarias estaduais realizar a distribuição aos municípios, de acordo com as necessidades locais”.

Falta de doses
G1 percorreu unidades de saúde em Goiânia, em outubro, e constatou a falta de várias vacinas. Na época, a diretora de vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, Flúvia Amorim, essa situação ocorre em função do baixo repasse das doses feito pelo Ministério da Saúde aos estados. “Infelizmente ainda não recebemos previsão de regularização, mas esperamos que isso ocorra em breve”, disse.

Nos Centro de Atenção Integral à Saúde (Cais) do Bairro Goiá, Setor Finsocial, Jardim Guanabara III, Campinas e no Centro Integrado de Assistência Médico Sanitária (Ciams) Novo Horizonte, na capital, não eram encontrados o soro antirrábico e a vacina antirrábica.

Já os estoques das vacinas DT, que previne adultos e grávidas contra difteria e tétano, da DTP infantil (contra difteria, tétano e coqueluche) e a tetraviral (sarampo, rubéola e caxumba) estavam baixos.

Cartaz no Ciams do Setor Pedro Ludovico, em Goiânia, avisa sobre falta de vacinas, em Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

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