Professora conta que perdeu parte da audição após ser espancada por 2 horas por professor de jiu-jítsu com quem ela se relacionava

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Professora conta que perdeu parte da audição após ser espancada por 2 horas por professor de jiu-jítsu com quem ela se relacionava
11-01-2025
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Lesão nos ouvidos é irreversível. Mulher faz tratamento para recuperar dupla visão, causada por agressão que sofreu no olho direito.

Uma professora contou que perdeu parte da audição após ser espancada por duas horas por um professor de jiu-jítsu com quem ela se relacionava, em Goiânia. Livia Alves Branquinho relatou que o homem acessou o celular dela de madrugada, e a acordou antes de iniciar as agressões. A Polícia Civil investiga o ocorrido.

O caso aconteceu por volta das 3h no dia 10 de novembro de 2024, em Goiânia. No entanto, só agora Livia tornou o caso público.

Entramos  contato com o professor de jiu-jítsu, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.

De acordo com a professora, o ex-companheiro entrou nas redes sociais dela e leu mensagens que causaram ciúmes nele. O homem a acusou de estar traindo ele, disse Livia.

“Ele me acordou como se nada estivesse acontecendo. Quando eu acordei, ele começou a me bater, (…) dando tapa, murro, tentando me enforcar. Do jeito que eu estava na cama, ele me bateu, deitada”, relatou Livia.

Ela disse que tentou olhar o celular para entender o que ele tinha lido, mas o professor de jiu-jítsu quebrou aparelho “igual a um papel”. Ela diz ainda que tentou acessar suas redes sociais em outro telefone durante a discussão, mas ele também quebrou o segundo aparelho. “Ele leu, interpretou e me bateu”, relatou.

Livia disse que perdeu em torno de 30% da audição dos dois ouvidos. “Eu recebi pancadas dos dois lados, então gerou essa inflamação”, contou. A lesão é irreversível, informou a professora, que também foi agredida nos olhos.

“O olho direito também ficou lesionado. Estou com dupla visão. Mas a gente ainda vai tentar fazer uma correção para ver se volta à visão normal”, explicou.

A professora informou que eles tiveram um relacionamento por dois anos, e foi a primeira vez que o homem se mostrou violento. Ela acredita que o ex-companheiro nunca tinha sido denunciado porque, após as agressões, ele faz ameaças.

Celulares quebrados por ex-companheiro suspeito de agredir professora, em Goiás — Foto: Arquivo pessoal/Livia Alves Branquinho

Ameaças

Livia Branquinho disse que tem duas filhas com idades de 9 e 12 anos, frutos de um outro relacionamento. Após as agressões, o suspeito teria ameaçado de morte toda a família da professora.

De acordo com o boletim de ocorrência, Livia relatou à polícia que o homem disse: “Se você registrar ocorrência ou chamar a polícia, eu vou preso. Vai enrolar a minha vida e quando eu sair eu mato toda a sua família e deixo você por último”.

A Polícia Civil informou ao g1 que o caso está sendo investigado pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam). A reportagem não conseguiu mais detalhes sobre as investigações porque casos de violência contra a mulher correm em sigilo.

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