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Polícia Civil, com apoio do Ministério Público, deteve o delegado Fernando Alves Barbosa (foto) e outras seis pessoas, entre agentes, escrivão e advogado, acusados de crimes como formação de quadrilha, peculato, concussão, apropriação indébita e obstrução da Justiça; entre 2011 e 2013, em Planaltina, os policiais receberam dinheiro para destruir inquéritos, fazer vistas grossas à prática de crimes e liberar veículos apreendidos; bando também desviava peças de carros para uso próprio, intimidava vítimas, simulava procedimentos e direcionava investigações
MP-GO_ A Polícia Civil de Goiás, com apoio do Ministério Público, deflagrou nesta segunda-feira (31), em Planaltina, a Operação Voo Livre, com o objetivo de prender os integrantes de um esquema criminoso que funcionou na delegacia de polícia daquela comarca do início de 2011 até meados de 2013. A investigação que resultou na ação foi conduzida pela Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e contou com a parceria das Promotorias de Planaltina.
Na operação, foram cumpridos, ao todo, sete mandados de prisão temporária: cinco deles nesta segunda-feira e outros dois em dias anteriores. Uma das ordens de prisão, contudo, continua em aberto. Foram detidos o delegado de polícia Fernando Alves Barbosa, suspeito de comandar o esquema criminoso; os agentes policiais Diurinê Abreu de Lacerda e Antônio José Augusto Paes de Andrade Neto; o escrivão Estevão Rodrigues de Rezende; o advogado Rivael Borges, além dos servidores Thiago de Oliveira e Adenilson Pias de Almeida, presos anteriormente.
Os suspeitos foram detidos em diferentes cidades, mas ficarão presos em Goiânia. O processo criminal, porém, tramitará em Planaltina, onde os delitos foram cometidos. A expectativa do MP é que a denúncia em relação aos fatos criminosos possa ser oferecida já na próxima semana.
Entre os crimes que foram cometidos no caso estão os de formação de quadrilha, peculato, concussão, apropriação indébita e obstrução da Justiça, com a destruição de inquéritos policiais. O esquema criminoso envolveria extorsão para fazer “vistas grossas” à prática de crimes, a liberação de veículos apreendidos mediante o pagamento de propina, desvio de peças de veículos para uso próprio, intimidação de vítimas, simulação de procedimentos, direcionamento de investigações, entre outros atos. O delegado Fernando Barbosa, que comandaria a quadrilha, deixou a delegacia de Planaltina em meados do ano passado. (Texto: Ana Cristina Arruda – Foto: João Sérgio/Assessoria de Comunicação Social do MP-GO)
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