Durante o encontro, muitos pais e mães relataram os desafios diários de cuidar dos bebês Reborn, que, para eles, têm um valor emocional
No primeiro encontro oficial de pais de bebês Reborn, realizado neste fim de semana. Reunidos por um amor em comum — as bonecas hiper-realistas que imitam recém-nascidos — os participantes trocaram experiências, compartilharam histórias comoventes e levantaram um debate polêmico: a busca por mais reconhecimento e inclusão em programas sociais, como o Bolsa Família.
Durante o encontro, muitos pais e mães relataram os desafios diários de cuidar dos bebês Reborn, que, para eles, têm um valor emocional profundo. Em alguns casos, essas bonecas são tratadas com o mesmo zelo dedicado a crianças reais, servindo como uma forma de conforto, superação de traumas ou preenchimento de vazios emocionais.
Uma das participantes declarou, com convicção: “Ela mama demais”, referindo-se à frequência com que ‘alimenta’ sua boneca, e defendeu o direito de receber benefícios sociais para arcar com os cuidados dedicados à ‘filha’. A fala gerou reações diversas, dentro e fora do evento.
O encontro também trouxe à tona discussões sobre saúde mental, inclusão e o limite entre afeto e realidade. Embora a prática seja, para muitos, terapêutica, especialistas alertam para a importância do acompanhamento psicológico em casos onde a fantasia passa a interferir na vida prática e nas políticas públicas.
A pauta agora deve seguir repercutindo nas redes sociais e entre autoridades. O pedido por inclusão no Bolsa Família, embora controverso, evidencia uma demanda crescente por reconhecimento de realidades afetivas distintas, que desafiam os padrões tradicionais da parentalidade.