Vilmar Rocha, que teria encomedando o crime por R$ 50 mil, morreu antes de ir a júri, e um dos réus foi absolvido. Roseli foi morta a tiros em 2018 e teve corpo encontrado no próprio carro.
Segundo a defesa do ex-marido da vítima, Vilmar Rodrigues da Rocha estava respondendo ao processo em liberdade, teve Covid-19 e morreu. Ele havia sido preso suspeito de encomendar o crime, mas a data em que ele foi solto e quando morreu não foram divulgadas. A certidão de óbito foi enviada à Justiça em abril de 2021.
O corpo de Roseli foi encontrado no dia 3 de dezembro de 2018, no carro que era dela, às margens da BR-452, na saída de Bom Jesus de Goiás . Segundo as investigações, ela foi assaltada e morta a tiros. À época das investigações, o delegado apurou que a motivação de Vilmar para encomendar a morte da mulher seria uma disputa de bens.
Filho da vítima, Daiton Rodrigues Oliveira suspeito de facilitar o crime, mas depois foi solto A justiça rejeitou a denúncia contra ele argumentando que não havia indícios da participação de Daiton na morte da mãe.
Ao ser realizado, na quinta-feira, o júri condenou o réu Joaquim dos Santos por homicídio qualificado por usar de emboscada contra a vítima e aceitar pagamento para cometer o crime. A pena imposta a ele foi de seis anos e oito meses, a serem cumpridos, inicialmente, em regime semiaberto.
Segundo a decisão, Joaquim teve a pena diminuída por ter feito um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público após ser denunciado pelo crime.
O réu Nathanael Cardoso dos Santos também foi condenado por homicídio qualificado por usar de emboscada contra a vítima e aceitar pagamento para cometer o crime. O juiz estipulou pena de 12 anos e cinco meses a ele, para serem cumpridos, inicialmente, em regime fechado.
Já o réu Gilberto Alves da Silva foi condenado por homicídio qualificado por ter aceito dinheiro para cometer o crime. A ele foi imposta a pena de oito anos de prisão, tendo que ser cumprida, inicialmente, em regime semiaberto.
Por fim, o réu Raphael Soares Alves de Freitas foi absolvido pelos jurados.
Crime e processo
Conforme a investigação do caso, testemunhas relataram que a vereadora e o ex-marido estava separado há anos e, desde então, tinham uma disputa judicial envolvendo a separação dos bens.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado de Goiás, Vilmar encomendou a morte da ex-esposa cerca de dois meses antes do crime. As investigações apontaram que ele ofereceu R$ 50 mil para Joaquim cometer o crime.
Ainda segundo o MP-GO, Vilmar mostrou a casa da vereadora e ainda entregou o revólver a Joaquim. No entanto, ao receber a arma, o condenado teria dito que não tinha coragem para matar a vítima e “repassou para seu filho, Nathanael, que teria ficado encarregado de ser o executor”.
No dia do crime, Joaquim e Nathanael chamaram ainda Gilberto e Rafael para irem de Itumbara, onde moravam, até Bom Jesus para assaltar a vereadora. O último teria apenas emprestado o carro e não saberia do crime.
Segundo as investigações, Nathanael e Gilberto abordaram Roseli quando ela saía com seu Honda Civic da garagem, renderam a mulher e, com ela dentro do carro, foram até a BR-452. “No trajeto, teriam sido dados três tiros nela, sem qualquer chance de defesa”, explica a denúncia do MP.
O documento descreve que Nathanael atirou três vezes contra a vítima e, em seguida, Gilberto, que estava dirigindo, perdeu o controle do carro e bateu numa árvore.
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