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Isso ocorre porque a população dos insetos está em queda. Lista do Ministério do Meio Ambiente, atualizada em 2014, mostra cinco tipos em extinção
Caxias do Sul (RS) – Com a população de abelhas em queda em todo o mundo, o aluguel de colmeias virou uma saída para produtores de fruta brasileiros. Isso porque sem os insetos não há polinização, e sem polinização as flores não dão frutos.
Cada colmeia chega a custar R$ 60, e grandes pomares exigem até 2 mil unidades. Uma única colmeia pode abrigar 120 mil abelhas, resultando em um exército de milhões de operárias em campo na época da floração.
Produtividade
Em Mossoró (RN), a produção de melão depende das abelhas de aluguel. Com elas, a produtividade das lavouras aumentou 30%, segundo Lecy Carlos Gadêlha, gestor do projeto Apicultura Potiguar, do Sebrae no Estado do Rio Grande do Norte.
“Todos os produtores adotam essa prática [alugar colmeias]. Embora 40% deles tenham apiários próprios, a maioria depende do aluguel.” No Estado, as lavouras de melancia também são polinizadas por abelhas de aluguel.
No Sul, os pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) introduziram seis colmeias por hectare de pomar de maçã tipo fuji, em Bom Retiro (a 95 km de Florianópolis), onde antes havia três. Com isso, a produção aumentou 20%.
Investimento
Segundo o professor titular de agronomia da UFSC Afonso Orth, os produtores investiram R$ 180 a mais por hectare. “E o resultado foi 6 mil quilos extras de fruta.”
Orth diz que toda a produção de peras de Santa Catarina se beneficia do trabalho das abelhas alugadas -hoje, 90% das frutas comercializadas são importadas.
