Advogado de Goiás que defendia membros de facções criminosas é achado morto no RJ, diz OAB-GO

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Advogado de Goiás que defendia membros de facções criminosas é achado morto no RJ, diz OAB-GO
19-02-2020
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Emerson Thadeu Vita foi encontrado dentro de apartamento. Segundo a Polícia Civil, ele já chegou a ser preso por suspeita de elo com sumiço de processos judiciais e foi alvo de uma tentativa de homicídio por relação com chefes de facções.

O advogado goiano Emerson Thadeu Vita Ferreira, de 43 anos, foi encontrado morto em um apartamento do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Civil de Goiás, o profissional já atuou na defesa de membros de facções criminosas e foi preso por suspeita de envolvimento em um esquema de sumiço de processos judiciais por meio de assinaturas falsificadas. Ele chegou a ser ameaçado de morte por essa relação, de acordo com a polícia.

A morte do advogado foi registrada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, segundo informações da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), que teve acesso ao boletim de ocorrência. Ainda segundo a entidade, não há informações sobre causa e motivação da morte. O corpo dele foi encontrado no último domingo (16).

 tentamos  contato com o 23º DP do Rio de Janeiro durante a manhã e a tarde desta terça-feira (18), mas as ligações não foram atendidas até a última atualização desta matéria. A reportagem também entrou em contato com a assessoria da Polícia Civil do Rio de Janeiro na tarde desta terça-feira, e aguarda retorno.

Sobre o ocorrido, a OAB-GO emitiu o seguinte comunicado:”A OAB-GO foi informada do ocorrido e acompanha o caso. Lamenta o falecimento, aguarda as investigações da polícia fluminense e entende que fazer qualquer pronunciamento a respeito do ocorrido é prematuro neste momento”.

A entidade informou ainda que entrou em contato com a esposa de Emerson, que também confirmou a morte do advogado.

Prisão e elo com facções

Emerson foi preso em 3 de Abril de 2019 durante a operação antídoto . A ação apurava um esquema de venda de sentença, sumiços de processos judiciais e falsificação de assinaturas. Ele teria ainda ajudado na fuga da cadeia de um dos líderes da facção. Além dele, o ex-assessor de um juiz goiano também foi detido. Ele foi solto alguns dias depois.

Na ocasião, a polícia informou que  a vida de luxo e ostentação de Emerson  – que não condizia com seus rendimentos – foi elemento essencial para a corporação descobrir o esquema.

As investigações conduzidas pela Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) apontam que ambos vinham realizando viagens caras, além de possuir carros de luxo e um deles, inclusive, uma mansão em um condomínio de luxo na capital.

Na ocasião, o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, disse que Emerson começou advogando para os presos da facção criminosa e acabou ingressando no esquema.

“Ele era um dos líderes da facção. Começou advogando para os presos e acabou se envolvendo com a cúpula, trabalhando, inclusive, em atos de corrupção dentro do 2º escalão do Poder Judiciário, onde ele teve uma correlação com um ex-assessor da justiça, que acabava facilitando o trabalho dele e falsificando documentos, vazando informações de interesse da facção criminosa”, afirmou.

Menos de dois anos antes, em abril de 2017, o advogado foi alvo de uma tentativo de homicídio, justamente por sua relação próxima com membros de uma facção criminosa. Quatro pessoas foram presas suspeitas do crime.

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