Anistia aos envolvidos no 8 de janeiro é rejeitada por 63% dos brasileiros, aponta Datafolha

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Anistia aos envolvidos no 8 de janeiro é rejeitada por 63% dos brasileiros, aponta Datafolha
30-03-2024
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Entre os que afirmam serem contra a anistia, 71% são eleitores de Lula. Segundo a pesquisa, 53% dos eleitores declarados de Bolsonaro são contra o ‘perdão’ dos envolvidos

Conforme uma pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha, 63% dos brasileiros são contra a anistia para os responsáveis pelos ataques ás sedes dos  três poderes em 8 de Janeiro de 2023. O levantamento divulgado nesta sexta-feira (29) também aponta que 31% são a favor da anistia, 2% são indiferentes e 4% não souberam responder.

Entre os entrevistados que afirmam serem a favor da anistia, 40% votaram em Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. Já os que afirmam serem contra a anistia, 71% são eleitores de Lula. Ainda segundo a pesquisa, 53% dos eleitores declarados de Bolsonaro são contra a anistia. O número mostra que até mesmo os apoiadores do líder da extrema-direita são contra a proposta de aliviar a barra dos envolvidos nos ataques.

Vale lembrar que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu no dia 25 de fevereiro, durante ato na Avenida Paulista(SP) que o Brasil passe uma “borracha no passado”, fazendo uma referência à tentativa de golpe no 8 de janeiro. Na ocasião, ele também fez um pedido ao Congresso Nacional para que elabore um projeto de lei que possa anistiar os golpistas.

“É, por parte do parlamento brasileiro, uma anistia para os pobres coitados que estão presos em Brasília. Não queremos mais que seus filhos sejam órfãos de pais vivos.”

Ao todo, houve mais de mil prisões e 1.400 denúncias e 159 pessoas foram condenadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a penas que variam de três a 17 anos de prisão. Bolsonaro é um dos investigados sobre o 8 de janeiro, no inquérito a respeito de possíveis mentores intelectuais dos ataques.

Vale destacar que a anistia é concedida pelo Congresso Nacional por meio de uma lei federal que entrou em vigor em 1979. A ministra do STF, Cármen Lúcia, declarou em entrevista à GloboNews que a anistia deve ser usada somente em um sentido humanitário e em penas consideradas indevidas.

“A anistia, portanto, é um instrumento que vem para dar um caráter humanitário para determinadas situações, para penas consideradas indevidas ou desumanas. Não me parece ser o caso. Mas, se um pedido vier ao STF, será judicializado. Não há assunto proibido.”

Cármen Lúcia

Metodologia da pesquisa

Para a formulação do levantamento do Instituto Datafolha, foram entrevistadas 2.002 pessoas com pelo menos 16 anos de idade em 147 cidades diferentes nos dias 19 e 20 de março.

 

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