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Anúncios na web usavam fotos de Anamara para vender réplicas, em GO.
Marca denunciou caso depois da reclamação de clientes enganados.
A Polícia Civil apreendeu nesta quinta-feira (30) quase 300 sutiãs que eram vendidos em lojas deGoiânia como se fossem da marca Top Mágico. Segundo a investigação, os comerciantes ainda anunciavam o produto nas redes sociais com imagens do original. A investigação aconteceu após clientes reclamarem da qualidade do produto nas redes sociais da ex-BBB Anamara, que é a garota propaganda da marca.
“A etiqueta era da loja deles, mas eles anunciavam como se fosse Top Mágico nas redes sociais. As vendedoras também diziam. Uma agente foi na loja se passando por cliente, e a vendedora mostrou o produto e disse que se tratava de um Top Mágico”, contou ao G1 o delegado responsável pelo caso, Frederico Maciel, da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon).
Denominada Operação Top Mágico, a ação contou com diligências em duas lojas do Setor Norte Ferroviário. Três vendedoras que estavam nas empresas foram levadas para a delegacia para prestar depoimento. “Elas disseram que não tinham conhecimento que Top Mágico era a marca, elas achavam que era tipo um modelo”, disse Maciel.
Durante as apreensões, os donos das lojas não estavam nos comércios e não foram detidos. O delegado disse que já entrou em contato com eles por telefone, pois não estão na capital goiana. Eles serão intimados a depor.
O delegado pede que consumidores lesados procurem a Decon. “Além da marca, eles estão enganando os consumidores, que estão pagando por um produto inferior ao que compram”, esclareceu.
Os envolvidos podem ser indiciados por estelionato e crime contra a marca. A pena somada para os dois crimes é de até 6 anos de prisão.
Top Mágico
Uma das proprietárias da marca Top Mágico Ltda., que prefere não ser identificada, conta que a empresa fez propaganda das réplicas usando fotos e vídeos oficiais. “Tem cliente que comprou enganado porque não falavam que era réplica. Eles usavam foto da Anamara alegando que era Top Mágico. As pessoas iam nas redes sociais e reclamavam falando que o sutiã não funcionava, aí a gente pedia para mandar foto e a gente via que não era o nosso”, conta.
A empresária acredita que mais de 200 pessoas foram prejudicadas pela empresa. Ela disse que já tinha entrado em contato com a empresa de Goiânia, mas foi ignorada. “A gente já tinha notificado, entrado em contato, mas continuaram fazendo as réplicas e usando nossas fotos”, alegou.
Anamara publicou um vídeo nas redes sociais alertando sobre o uso da imagem dela para vender as réplicas. O G1 entrou em contato com a assessoria da ex-BBB nesta quinta-feira (30), mas informaram que ela não vai se pronunciar sobre o caso.
