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Medida agora segue para votação do Conselho de Ensino e Pesquisa.
Decisão final deve sair após reunião prevista para a próxima sexta-feira (16).
A Câmara de Graduação da UniversidadeFederal de Goiás (UFG) aprovou a adesão integral ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que utiliza exclusivamente a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como forma de processo seletivo. A decisão final só deve sair na próxima sexta-feira (16), após uma reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa, Extensão e Cultura (Cepec).
Atualmente, a universidade destina 50% das vagas para esse sistema e os outros 50% para o vestibular tradicional. Se a adesão integral for aprovada, o Sisu passará a ser a única forma de ingresso na universidade a partir do ano que vem e estudantes de todo o país poderão concorrer às vagas
a necessidade de prova presencial. Já o processo seletivo de meio de ano de 2014, cujas provas acontecem no próximo domingo (18), está mantido normalmente.
O pró-reitor de Graduação da UFG, Luiz Mello de Almeida Neto, explicou ao G1 que, caso a medida seja aprovada, ainda existem alguns pontos que precisarão ser discutidos pela instituição. “Um deles é a questão dos prazos, uma vez que o Sisu tem duas edições por ano, com base na única nota obtida no Enem. Sendo assim, ainda vamos definir se os cursos que têm entrada de meio de ano passarão a ter novas turmas no início do ano. Ou se usaremos a primeira ou a segunda edição do Sisu no momento da matrícula. Tudo isso ainda será devidamente debatido com a coordenação dos cursos”, afirmou.
Luiz Mello também ressaltou que algumas regras, estabelecidas pelo Ministério da Educação, impedem que o Sisu seja usado como única forma de seleção para cursos de Educação a Distância (EAD) e para aqueles que possuem Verificação de Habilidades e Conhecimentos Específicos (VHCE), que é o caso de arquitetura, música, artes cênicas, design de ambientes, libras, entre outros.
“Os cursos de EAD, apesar de serem a distância, também têm dimensão presencial e, mesmo que com uma frequência espaçada, o estudante é obrigado a comparecer na universidade. Sendo assim, é complicada essa exigência para aqueles que vêm de outros estados. Já nos casos dos cursos com VHCE, existe a obrigatoriedade da prova prática, presencial, e o candidato não consegue fazer todo o processo apenas pelo Sisu”, explicou o pró-reitor, ressaltando que para ambas as situações as notas do Enem também continuarão a ser consideradas, como feito atualmente.
Regulamentação
Além dos processos de seleção citados acima, a UFG também tem outras formas de ingresso que também precisarão ser regulamentadas. Segundo Luiz Mello, uma delas é para os cursos específicos de educação do campo, oferecidos nos campus de Goiânia e Catalão, e educação intercultural, existente na capital para indígenas. “Esses cursos já tinham um processo de seleçãodiferenciado, com uma prova específica. Então vamos conversar com os responsáveis por cada um para uma normatização”.
A instituição também possui o UFGInclui, que é um processo seletivo voltado exclusivamentepara indígenas e quilombolas. “Cada graduação tem duas vagas para este programa. Ou seja, se um curso tem 50 vagas para os estudantes como um todo, no total ele terá 52 e essas duas últimas são preenchidas pelo UFGInclui”, destacou.
O pró-reitor ressaltou, ainda, que toda a mudança ainda será amplamente discutida pela instituição. “De qualquer forma, é importantíssimo que os estudantes façam o Enem, pois ele será usado de qualquer forma, mesmo que seja apenas para 50% das vagas como é feito agora”, disse.
As inscrições para o Enem foram abertas na manhã de segunda-feira (12) e seguem até as 23h59 do próximo dia 23, no site do exame. As provas serão realizadas nos dias 8 e 9 de novembro, e a expectativa é de que até 8,2 milhões de estudantes se inscrevam este ano.
Decisão final
A reunião do Cepec que vai definir o assunto será realizada na sexta-feira e terá participação de representantes dos estudantes, professores e técnicos, além de diretores das unidades acadêmicas, pró-reitores e o reitor.
Segundo a assessoria de imprensa da UFG, a votação aprovada na reunião da Câmara de Graduação, na segunda-feira (12), é resultado de uma série de debates realizados desde o ano passado, quando foram apresentados à comunidade acadêmica os resultados de universidades que aderiram integralmente ao Sisu.
O encontro contou com a presença de 70 coordenadores dos cursos de graduação, com direito à voto, e dos professores Miguel Franklin de Castro e Custódio Luís Silva de Almeida da Universidade Federal do Ceará (UFC), que relataram a experiência vivida na instituição com a adoção do sistema, há cinco anos.
