A expectativa do setor empresarial é de que o novo decreto faça concessões para algumas atividades econômicas, que retornaram
O governador Ronaldo Caiado deve anunciar só amanhã (3/4) o novo decreto com novas regras de isolamento a serem seguidas pela população para evitar a propagação do coronavirus.
O decreto em vigor tem validade até o próximo dia 4 (sábado) mas as informações de bastidores já dão conta de que a quarentena deve ser prorrogada por mais 15 dias pelo governo para evitar um aumento mais acentuado da curva de infectados no estado que já é crescente.
A expectativa do setor empresarial é de que o novo decreto faça concessões para algumas atividades econômicas, que retornaram ao trabalho de forma controlada e gradual, segundo normas pré-estabelecidas.
O anúncio das novas regras será feito apenas pelo governador, mas um integrante do alto escalão do governo estadual disse agora a pouco que acredita que o decreto será mesmo prorrogado. Caso haja concessões, elas serão bem pequenas.
Agora à tarde representante do Fórum Empresarial se reuniram com o governador para tratar do assunto.
O presidente da federação das indústrias de Goiás (FIEG) Sandro Mabel, disse que Ronaldo Caiado frustrou as expectativas dos empresários, pois apenas ouviu mas não adiantou nada sobre o novo decreto. “ele disse que ainda está ouvindo todos e fazendo algumas alterações”, informou.
Mas, segundo Mabel, o desespero entre a classe empresarial já é grande e os tribunais devem começar a conceder liminar permitindo que alguns setores voltem a funcionar.
Ele adiantou que os empresários goianos já estão definindo algumas estratégias de ações, o Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das empresas de assessoramento, perícias, informações e pesquisas no Estado de Goiás obteve uma liminar para impedir que o governo de Goiás e a Polícia Militar proíba o funcionamento de suas empresas filiadas.
De acordo com pedido de liminar, os escritórios de contabilidade fazem parte do rol das chamadas atividades essenciais à vida humana e, se esses estabelecimentos forem fechados, o próprio estado será impossibilitado de arrecadar tributos para adquirir os instrumentos indispensáveis à saúde.
Mabel já havia lembrado ontem (1) que muitos empresários estão desesperados e oferecendo seus produtos e serviços aos clientes pelas redes sociais. Dessa forma eles estão atendendo com horário marcado e com portas fechadas, o que aumenta o risco de contaminação.
“O pessoal vai querer abrir na marra e, depois, o governador vai culpar o setor empresarial se algo der errado. Só dividiremos a responsabilidade com ele se a reabertura ocorrer de forma controlada. Se não for assim, o governo perderá o controle. disse.