Deputados da situação e oposição analisam Operação Decantação

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Deputados da situação e oposição analisam Operação Decantação
25-08-2016
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A Operação Decantação, deflagrada pela Polícia Federal, prendeu ontem o presidente da estatal, José Taveira Rocha, e o diretor de Expansão, Afrêni Gonçalves, que preside o PSDB goiano – ambos muito próximos do governador – além de outras 12 pessoas que fazem parte da diretoria da empresa.

Elementos de prova apurados pela Polícia Federal, em parceria com o Ministério Público Federal e o Ministério da Transparência apontam envolvimento de pelo menos três empresas em esquema de desvio de recursos da Saneago, para irrigar campanhas eleitorais do PSDB. O procurador da República Mário Lúcio Avelar disse ao POPULAR que é possível afirmar que houve pagamento de despesas da campanha do governador Marconi Perillo (PSDB) de 2014, mas que não há indícios de participação do tucano no esquema.

 

A Operação Decantação, deflagrada pela Polícia Federal, prendeu ontem o presidente da estatal, José Taveira Rocha, e o diretor de Expansão, Afrêni Gonçalves, que preside o PSDB goiano – ambos muito próximos do governador – além de outras 12 pessoas que fazem parte da diretoria da empresa.

As apurações sobre recursos para campanha eleitoral atuam em três frentes: doações declaradas da empresa Sanefer Construção e Empreendimento, inclusive ao governador; repasses legais ou por caixa 2 da empresa JC Gontijo Engenharia; e os pedidos feitos pela Gráfica Moura para pagamentos de dívidas da campanha.

Diante dos indícios, deputados estaduais do PMDB apontam que buscarão na justiça a cassação do mandato do governador Marconi Perillo, eleito em 2014 em chapa do PSDB.

Oposição

O deputado Major Araújo (PRP) concorda com a proposta. “Se nós tivermos uma Justiça Eleitoral séria, e eu contesto aqueles que dizem que nós temos que esperar respostas, não, uma operação desta não é deflagrada sem objeto de investigação, sem os elementos todos. São escutas telefônicas, cruzamento de informações. Quando uma operação como está é deflagrada é porque existem elementos suficientes para oferecer a denúncia,” defende o deputado de oposição.

O deputado Renato de Castro (PMDB) lamenta que a operação da Polícia Federal tenha envolvido políticos goianos. “Isto é muito triste, lamentável, a gente ver o presidente do partido do governador atrás das grades, vendo o sol nascer quadrado em virtudes de desmandos em uma empresa que é fundamental para os goianos, uma empresa que precisa fazer investimentos, mas que diz que não tem dinheiro, mas que tem dinheiros para fazer desvios. Isto é muito grave. Eu acho que o governador deve dar muitas explicações sobre isso, porque o presidente do partido dele não é qualquer pessoa, é uma pessoa da cozinha do governador,” cobra.

Situação

Já deputados da base aliada ao governo estadual avaliam que a possibilidade de questionar a eleição de Marconi Perillo em 2014 é precipitada. Como afirma o líder da base, deputado José Vitti (PSDB). “Eu acho que é prematura neste momento. Realmente o mote da operação foi neste sentido de que recursos estariam sendo desviados para quitar dívidas de campanha, obviamente por ser presidente do partido PSDB, muito provavelmente existe a possibilidade de haver candidatos do PSDB, mas eu acho ainda prematura fazer este tipo de afirmação. É importante que a gente dirime qualquer tipo de dúvida para amanhã não cometer qualquer tipo de injustiça,” pondera.

José Vitti ainda pede cautela para a análise prévia dos fatos apurados pela Polícia Federal na Operação Decantação. Segundo ele, é preciso apurar o grau de envolvimento do presidente estadual do PSDB no esquema.

O presidente da Assembleia Legislativa, Helio de Sousa (PSDB), também afirma que é cedo para tomar conclusões sobre as consequência política da Operação Decantação. “Eu acho que se você for analisar qualquer que for as eleições que tivemos em Goiás sempre se tem este discurso de suspeitas. Então, eu acho que só por estas denúncias, no meu entendimento, não há um embasamento para se buscar levar uma ação desta natureza,” analisa.

A assessoria do governador divulgou nota em que afirma que “os recursos empregados na campanha foram rigorosamente declarados à Justiça Eleitoral, não havendo nenhuma relação entre eles e a Saneago”. “As contas da campanha, por sua vez, foram aprovadas pela Justiça Eleitoral”, completa. Sobre a operação, o governo afirmou que apoia as investigações, está à disposição para esclarecimentos e que acredita na idoneidade dos diretores.

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