Dupla é presa suspeita de torturar e matar usuário de drogas que ia para clínica de recuperação em Goiânia

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Dupla é presa suspeita de torturar e matar usuário de drogas que ia para clínica de recuperação em Goiânia
01-12-2017
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Ele era levado ao local contra a vontade a pedido do pai. Centro não tinha permissão para funcionar

 

is homens foram presos suspeitos de matar um usuário de drogas enquanto o levavam para uma clínica de recuperação para dependentes químicos, em Goiânia. Ele estava sendo levado contra a vontade quando o crime aconteceu. Segundo a polícia, após o assassinato, eles abandonaram o corpo de Marcos de Souza Alves, de 39 anos, no porta-malas do carro e fugiram.

De acordo com as investigações Daniel Rodrigues da Silva, 31 era ex-usuário de drogas, trabalhava na clínica e, junto com dois internos, Paulo Victor Rodrigues, 31, e outro, de 24, foram encarregados pelo dono da instituição para buscar a vítima em Caldas Novas no dia 31 de outubro a pedido do pai dele.

“Quando o Marcos foi abordado, reagiu com muita agressividade, se recusando a ir com eles. Os três, então, amarraram as mãos dele e o colocaram no banco de trás do carro. Durante o percurso, o Marcos chegou a quebrar, com o pé, uma das janelas do carro. Com isso, os três pararam o veículo e o agrediram diversas vezes”, disse o delegado responsável pelo caso, Marco Aurélio Euzébio Ferreira.

Depois das agressões, retornaram para o carro e o interno de 24 anos sentou sobre a cabeça da vítima, que morreu asfixiada. Ao chegarem em Goiânia, colocaram o corpo da vítima no porta-malas e deixaram o veículo na clínica.

“Daniel e Paulo fugiram em uma motocicleta de um dos funcionários da clínica. Já o terceiro envolvido continuou na clínica e disse que não tinha culpa pela morte do homem. O dono da clínica, então, ligou para a Polícia Civil, que foi até o local”, explicou o delegado.

Segundo a polícia, o Centro de Reabilitação Renascer funcionava de maneira irregular. “O local não tem alvará de funcionamento. Toda internação involuntária tem que ter autorização de um médico, o que não acontecia lá. Além disso, essas internações precisam ser comunicadas ao Ministério Público em até 72h, o que não era feito. Além disso, usavam pessoas sem a qualificação necessária para o trabalho”, contou Ferreira.

 tentamos contato com o advogado de defesa mas as ligações não foram atendidas.

Os dois presos foram localizados em outras clínicas de recuperação onde se internaram após o crime. Eles dizem que a morte foi uma “fatalidade” e que o verdadeiro culpado é interno da clínica, que deixou o tratamento dias após o crime. A polícia ainda não tem informações de onde ele está atualmente.

“Fui fazer um resgate e teve essa fatalidade. A morte foi causada pelo outro cara que estava com a gente. Houve um certo excesso no resgate porque o homem tentou registir e nós tivemos que contê-lo. E a gente só foi lá porque o dono da clínica mandou, ele que é o responsável”, disse Daniel Rodrigues, que trabalhava no local há 7 meses, após ficar em tratamento no local por 6 meses.

Já Paulo Victor contou que ficou no local por cinco meses e, durante esse tempo, participou de cerca de 20 internações involuntárias de usuários de drogas. “Eu não era agressivo, até porque quando me resgataram foram violentos comigo e eu não gostei, então eu não era agressivo. Foi uma fatalidade e eu acabei com a minha vida. Ninguém tinha a intenção de mata-lo”, disse.

De acordo com delegado, os dois homens presos vão responder por tortura qualificada pela morte. A polícia já pediu a prisão do terceiro suspeito. Ainda não há informação de onde ele esteja. Ele também vai responder pelo mesmo crime.

“O dono da clínica, uma técnica em enfermagem e um terapeuta vão responder por sequestro, já que não cumpriam as regras necessárias para realizar esse tipo de internação involuntária. Eles não vão responder pela tortura porque não determinaram as agressões”, disse.

Marcos de Souza foi morto ao ser levado a clínica de recuperação de usuários de drogas (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Contato: (62) 992719764
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