Empresário é preso suspeito de aplicar golpes de mais de R$ 2,5 milhões em amigos e clientes com falsos investimentos

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Empresário é preso suspeito de aplicar golpes de mais de R$ 2,5 milhões em amigos e clientes com falsos investimentos
22-03-2024
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Polícia diz que empresário tinha um escritório usado para enganar os clientes. Amiga conta que conheceu e conviveu com o empresário antes de cair no golpe.

Um empresário de 29 anos foi preso suspeito de aplicar golpes financeiros de mais de R$ 2,5 milhões em vítimas de pelo menos quatro estados do país.  Uma  das vítimas, que também era amiga e vizinha do suspeito, contou que visitou diversas vezes o escritório de investimentos dele, em Goiânia.

“O mais dolorido é que éramos amigos, ele disse que era 100% seguro e agora a polícia descobriu que não existiu investimento”, desabafa.

Não  localizamos  a defesa de Jonas Caetano do Santos para um posicionamento até a última atualização desta matéria. Segundo a Polícia Civil (PC), ele foi preso preventivamente nesta terça-feira (19) e responderá pelo crime de estelionato e gestão de instituição financeira com finalidade ilícita.

Amizade antes do golpe

A cirurgiã dentista Pallôma Alencar, de 30 anos, conta que ela e o marido moravam no mesmo prédio que o suspeito e a esposa, em Goiânia. Segundo a vítima, inicialmente, ela se aproximou da mulher do suspeito por serem vizinhas. Depois disso, eles se tornaram amigos e conviveram juntos.

“Tudo começou há mais de um ano, eles demonstraram muita honestidade e educação. Nos tornamos amigos e jantávamos juntos em casa”, conta.

Diante dessa confiança, em outubro de 2023, a Pallôma decidiu investir R$ 228 mil com Jonas, que se apresentava como dono de uma empresa de investimentos. “Nós fizemos um contrato e transferimos o valor para ele. Era um investimento curto, o dinheiro era para reformar meu consultório”, detalha.

Pallôma conta que só desconfiou do investimento em janeiro deste ano quando, após um desentendimento, o casal demonstrou que mudaria de casa. “Eu pedi o dinheiro de volta e ele deu uma desculpa. Então, pesquisei o CNPJ da empresa na internet e vi um monte processo, então caiu a ficha”, lembra.

Com o filho recém-nascido e precisando reformar o consultório, Pallôma e o marido se desesperaram e, após muita insistência, conseguiram que o suspeito devolvesse R$ 40 mil. “Minha vida virou um pesadelo. O mais dolorido de tudo isso é que existia uma confiança imensa e eles usaram isso”, lamenta.

Polícia apreendeu duas armas e mais de 160 munições do suspeito - Goiás — Foto: Reprodução/Polícia Civil

Denúncia e investigação

Pallôma e o marido denunciaram Jonas em fevereiro deste ano. O caso foi investigado pelos delegados Breynner Vasconcelos e Maurício Massanobu, da 4ª Delegacia de Polícia de Goiânia. Segundo a Polícia Civil (PC), os crimes começaram em 2019 e Jonas tinha uma empresa na Bahia.

“Ele atraía clientes dizendo que era investidor do mercado de capitais e que conseguia uma rentabilidade de 3% a 4% ao mês”, detalha.

Vasconcelos conta que os clientes depositavam o dinheiro na conta de Jonas acreditando que ele estava aplicando. As investigações identificaram que o suspeito ainda enviava relatórios mensais de falsa rentabilidade para as vítimas, que, segundo a polícia, tiveram um prejuízo de mais de 70% dos valores.

“Ele fez pelo menos cinco vítimas na Bahia, cinco em São Paulo, uma no Paraná e cinco em Goiânia”, detalha o delegado.

Das vítimas identificadas, segundo Vasconcelos, o suspeito recebeu R$ 2.515 milhões e enviou para conta de investimento apenas R$ 30 mil. “Ele não tem autorização para investir. Quando as vítimas pediam o resgate, ele pegava o valor de novos clientes, devolvia 10% e fazia acordos, mas nunca pagava”, disse.

O delegado afirma ainda que o suspeito usou o dinheiro para despesas pessoais. Segundo Pallôma, vizinha e amiga de Jonas, ele ostentava uma vida boa e, inclusive, fez uma festa de casamento luxuosa. Ele ainda tinha um escritório com vários computadores para enganar os clientes, mas não tinha funcionários.

Além da prisão do suspeito, a Polícia Civil (PC) realizou buscas no escritório e apreendeu duas armas e mais de 160 munições. Segundo a polícia, ele confessou os crimes, entregou os extratos bancários e indicou as vítimas. O delegado ainda investiga se a esposa do suspeito tem responsabilidade no crime.

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