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Reconhecido pelas vítimas, ele foi liberado da delegacia em um primeiro momento, pois Polícia Civil considerou que não havia flagrante. Homem foi preso nesta terça, após decisão judicial.
Um entregador de farmácia de 26 anos foi detido na segunda-feira (20) suspeito de estuprar uma mulher e tentar violentar outra, em Hidrolândia, na Região Metropolitana de Goiânia. As vítimas reconheceram o jovem como autor dos crimes. Ele nega.
Segundo a Polícia Militar, uma mulher foi estuprada na manhã de sexta-feira (17). Um homem invadiu a casa onde ela morava com o filho e, usando uma faca, ameaçou a vítima para que ela não reagisse. Após o estupro, fugiu.
“Desde que recebemos essa denúncia, a Polícia Militar começou a fazer buscas e investigações para tentar identificar o criminoso e prendê-lo. Uma semana antes, tivemos o registro de uma tentativa de estupro em que o criminoso tinha as mesmas características. Quando conseguimos identificar e monitorar o suspeito, levamos a vítima até o local de trabalho dele e ele foi reconhecido por elas. Então, o prendemos em flagrante”, disse o capitão Thiago de Freitas Stecca, comandante da PM em Hidrolândia.
O homem foi levado até a delegacia para ser ouvido, assim como as vítimas. Apesar do reconhecimento, o entregador não ficou preso em um primeiro momento, pois a Polícia Civil não considerou que a prisão foi em flagrante.
O delegado então representou na Justiça pela prisão e mandado só foi expedido nesta terça, quando o suspeito foi efetivamente detido.
“A investigação ainda está em andamento. Ele negou o crime, mas continua sendo suspeito, porque as vítimas o reconheceram”, disse o delegado Diogo Rincon.
“O suspeito se ofereceu para que seja colhido material genético para que sejam feitos exames para verificar se ele é o autor do crime ou não. Ele está passando por esse procedimento e, com isso, vamos verificar quais os procedimentos serão adotados”, completou o delegado.
Prisão em flagrante
De acordo com o Código Penal, para configurar o flagrante é necessário que o suspeito esteja cometendo o crime naquele momento ou tenha acabado de cometer, seja perseguido logo após o crime pela autoridade, pela vítima ou terceiros, em uma situação que faça presumir que ele é o autor do ato, ou seja encontrado logo após o fato com objetos que façam acreditar que ele é o criminoso.
“Para se prender em flagrantes, existem algumas exigências previstas no artigo 302 do Código de Processo Penal que não estavam presentes”, explicou o delegado.
