Ex-presidente da Câmara de Pires do Rio é indiciado por usar dinheiro público para instalar câmera escondida para espionar colegas

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Ex-presidente da Câmara de Pires do Rio é indiciado por usar dinheiro público para instalar câmera escondida para espionar colegas
26-01-2024
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Outras cinco pessoas também foram indiciadas no processo. Câmeras foram descobertas durante a manutenção em uma luminária na sala de uma vereadora.

O ex-presidente da Câmara Municipal de Ires do Rio , no sudeste de Goiás, foi indiciado por usar dinheiro público para istalar câmeras escondidas para espionar colegas . Além dele, outras cinco pessoas também foram indiciadas no processo. Câmeras foram descobertas durante a manutenção em uma luminária na sala de uma vereadora.

A investigação da Polícia Civil (PC) foi finalizada na terça-feira (23). Os indiciados são o ex-presidente, Denilson de Castro, a esposa dele, Fátima Meneses, a ex-diretora da Câmara, Glaucia Nunes, o funcionário do órgão, João Guilherme Nunes, o dono da empresa que instalou as câmeras, Fagner Mendes, e o técnico em segurança, Flávio Willian de Jesus.

Entenda o caso

De acordo com a investigação, em março de 2022, um funcionário realizava a manutenção de uma luminária na sala de uma servidora e, na ocasião, encontrou uma microcâmera com captação de áudio. Neste momento, a polícia foi chamada e começou a investigar o caso.

Nas buscas nas dependências da Casa Legislativa, os policiais encontraram o aparelho ADV conectado à câmera. Durante a investigação, descobriram ainda que uma segunda microcâmera foi instalada na sala de uma vereadora, mas que já havia sido retirada.

Após a apreensão das câmeras, a polícia passou a ouvir os servidores da Câmara e os funcionários da empresa dona do aparelho. Nesses interrogatórios, a polícia descobriu que Flávio instalou as câmeras em novembro de 2021 a mando de Fagner e contou com apoio de João.

Neste momento, a polícia solicitou a quebra do sigilo dos celulares dos investigados e, durante a análise, encontrou conversas entre Fagner, João e Glaucia sobre a instalação e descoberta das câmeras. Descobriu ainda ligações de Fagner com Denilson, que também conversava com Fátima.

Câmeras foram encontradas durante manutenção em luminário - Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Segundo a Polícia Civil (PC), as câmeras foram instaladas para acompanhar as movimentações políticas entre a servidora e a vereadora, donas das salas onde elas estavam. Além disso, diz que todos os indiciados sabiam dos aparelhos, que, inclusive, foram comprados com dinheiro público.

Com isso, a polícia indiciou os seis investigados por interceptar as conversas das servidoras sem autorização judicial. Fagner, Denilson, Fátima e Glaucia responderam pelos crimes de falsidade ideológica e por usar dinheiro público para benefício próprio.

 Câmara Municipal de Pires do Rio, em Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Defesas

Em nota, Denilson disse que não compactua com a conduta ilegal, que preza pela ética e que colaborou com a investigação. A defesa de Glaucia alega que ela não cometeu nenhum crime. A defesa de João e de Flávio disse que eles não instalaram as câmeras. Não localizamos  a defesa de Fátima e Fagner para um posicionamento até a última atualização desta matéria.

Também em nota, a Câmara Municipal de Pires do Rio informou que não tomou conhecimento formal sobre o ocorrido e que colaborou com as investigações. Questionado sobre o recebimento do processo, o Ministério Público de Goiás (MPGO) informou que ele está sendo analisado pela 1ª Promotoria de Justiça de Pires do Rio.

Caso foi investigado pela delegacia de Pires do Rio - Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Nota Denilson

O vereador Denilson Neymar de Castro vem perante esta nota de esclarecimento declara publicamente que não compactua com qualquer conduta ilegal primordialmente ao fetídico evento ocorrido na Casa Legislativa.

Este que fora nascido e criado em Pires do Rio, ao longo de seus quase 8 anos enquanto vereador, conhecido por sempre prezar pela ética e transparência acerca de seu trabalho prestado perante a sociedade Peresina.

Ciente da sua responsabilidade, no sentido de agir de forma honesta e proba reforça que vem colaborando com as investigações desde o início, de forma que haja elucidação o mais breve possível dos fatos.

Ademais, reforça que o teor da investigação se trata de fase investigativa, vem como reitera não apoiar qualquer conduto improba e ilegal.

Outrossim, estará a dispor de qualquer esclarecimento de todos os fatos que estão sendo divulgados publicamente a fim de agir com firmeza e sobriedade para que a verdade e justiça prevaleçam.

Nota Glaucia

A defesa da Sra. Glaucia Nunes de Souza que teve seu nome vinculado a investigação realizada pela Delegacia de Polícia Civil de Pires do Rio GO, vem a público esclarecer que a referida parte é servidora pública, tendo 37 (trinta e sete) anos nesta função, sempre trabalhando com ética e responsabilidade.

Com relação aos atos a ela imputados, deixa claro que não praticou nenhuma conduta ilícita, afirmando sua absoluta inocência.

Esclarecemos que a referida parte não realizou nenhum pedido de instalação de câmera espiã, tampouco assinou documento contendo pedido ou ordem de serviço para instalação do referido equipamento.

Com relação ao inquérito policial, necessário mencionar que os outro investigados prestaram cerca de 04 (quatro) depoimentos, sendo em todos houve mudança em suas narrativas, assim, deixando claro que buscam imputar a responsabilidade a terceiros.

Ademais, não há no inquérito policial nenhuma prova documental, conversa de WhatsApp, vídeo, gravação ou e-mail que demonstrem a participação Sra. Glaucia Nunes de Souza na compra e instalação da câmera espiã.

Por fim, registra-se haver plena convicção de que os fatos serão totalmente esclarecidos, bem como, a comprovação da inocência da Sra. Glaucia Nunes de Souza.

Nota João e Flávio

A defesa dos investigados João Guilherme dos Santos Dias de Oliveira e de Flávio William de Jesus, que tiveram seus nomes vinculados a investigação realizada pela Delegacia de Polícia Civil de Pires do Rio GO, vem a público esclarecer que ambos não realizaram a instalação de nenhum equipamento no gabinete da vereadora, tampouco de outros servidores do Poder Legislativo Municipal.

Com relação ao inquérito policial, necessário mencionar que os outros investigados prestaram cerca de 04 (quatro) depoimentos, sendo em todos houve mudança em suas narrativas, assim, deixando claro que buscam imputar a responsabilidade a terceiros.

Ademais, não há no inquérito policial nenhuma prova documental, conversa de WhatsApp, vídeo, gravação ou e-mail que demonstrem a participação dos investigados na instalação da câmera espiã.

Por fim, registra-se haver plena convicção de que os fatos serão totalmente esclarecidos, bem como, a comprovação da inocência de ambos os investigados.

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