Informativo Cidades
Géssika Motta, de 28 anos, foi selecionada entre mais de 130 brasileiras para a etapa universal do concurso. Ela afirma que vive um sonho e pretende inspirar outras jovens que sofrem preconceito por causa do peso: ‘Devem se aceitar como são’.
A miss e modelo goiana Géssika Motta, de 28 anos, foi escolhida a Miss Plus Models Brasil 2021. Assim, ela vai representar o país no Miss Curvy Universo 2021, em Punta Cana, na República Dominicana. Para conseguir participar do concurso, ela iniciou uma campanha nas redes sociais para custear a viagem.”Estou radiante com esse título de miss, desde a infância era um sonho me tornar reconhecida no mundo da moda, mas via esse sonho se perder quando me via fora do padrão de beleza exigido pela sociedade. Então, ver que sou Miss Curve Brasil 2021 e ainda ser selecionada para a etapa universal depois de tantos anos de luta me deixa incrivelmente em êxtase”, diz Géssika.
A miss conta que em dezembro de 2020 ganhou o Miss Plus Models Goiás 2021, quando concorreu com 85 mulheres. Já o Miss Plus Models Brasil 2021 aconteceu no último dia 16 de janeiro. Ela foi a escolhida entre 130 candidatas.
Por conta da pandemia de Covid-19 , as votações e análises dos jurados ocorreram de forma virtual, com o envio de fotos e vídeos.
Já a etapa mundial, prevista para ocorrer entre os dias 21 e 26 de abril, será presencial. Ela calcula que gastará em torno de R$ 12,5 mil para pagar todas as despesas com a viagem. Caso ganhe, a goiana será a primeira Plus Size brasileira a ganhar este título.
“Não tenho nenhuma agência ou patrocinador, e tudo é muito caro, por isso tive a ideia da rifa on-line. No início do concurso, eu não acreditava que ganharia, mas receber o título nacional me deu uma energia nova para poder ir atrás dos meus sonhos e trazer esse título para o Brasil”, ressalta a miss.
Trajetória
Géssika Motta nasceu em Goiânia e, segunda ela, desde criança gostava de posar para fotos e de teatro. “Aos 9 anos minha mãe me colocou em uma agência de modelos, mas não deu certo. Minha família não tinha condições de bancar a carreira e as viagens e também pelo meu biotipo, que não correspondia ao que esperavam, quando as modelos deveriam ser altas e magras”, conta Géssika.
A goiana se formou em arquitetura e, nas horas vagas, passou a fotografar para a marca de roupas da família dela. A partir disso, outras empresas começaram a entrar em contato para que ela fizesse manequim de outras lojas.
Em 2016, por conta de uma cetoacidose diabética – quando os níveis de açúcar no sangue do paciente diabético encontram-se muito altos – Géssika ficou em coma na UTI por cinco dias e começou a ter problemas hormonais. Com isso, engordou mais de 20kg. Atualmente, ela pesa 84 kg.
Por conta da visibilidade que os concursos proporcionaram, Géssika usou as redes sociais para contar sua história. Ela espera inspirar outras jovens que sofrem preconceito por causa do peso.“Quero mostrar para essas meninas que sofrem tanto com essa questão de padrão de beleza que elas devem se aceitar mais como são. Várias meninas me mandaram mensagem se identificando com a minha história, e isso é uma das minhas maiores vitórias: saber que posso ajudá-las”, diz a miss.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/U/D/UD3awKSSCw7YzaHBpipQ/333.png)
