Golpe do falso leilão: veja como agiam presos suspeitos de fazer mais de 30 vítimas em Goiás

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Golpe do falso leilão: veja como agiam presos suspeitos de fazer mais de 30 vítimas em Goiás
12-12-2023
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Vítimas só descobriram o golpe ao ver que o pátio da leiloeira não existia. Saiba como identificar sites de leilões falsos.

Pelo menos 30 pessoas em Goiás foram vítimas de um site de falsos leilões de veículos. Os suspeitos agiam através de um site que funcionava a partir de um grupo em São Paulo e foi descoberto por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC).

Após a identificação do grupo que realizava falsos leilões na internet, a Polícia Civil (PC) de Goiás, em um trabalho conjunto com a Polícia Civil de São Paulo, cumpriu na última quarta-feira (6), 3 mandados de prisão e 5 de busca e apreensão.

Após o cumprimento dos mandados, foi feito pelas polícias uma cartilha ensinando a população a identificar um site de falso leilão. A divulgação foi realizada nesta segunda-feira (11), em uma coletiva de impresa em Goiânia.

Os suspeitos utilizavam sites falsos de leilão de veículos para atrair as vítimas e, após o cadastro e participação das vítimas em um leilão dissimulado, elas eram induzidas a efetuar o pagamento do valor referente ao veículo “arrematado”, com a transferência dos valores para integrantes do grupo. Após o pagamento, quando as vítimas se deslocavam para o suposto pátio da “leiloeira” para retirar o veículo, ela se dava conta de que o pátio não existia ou que o leilão era falso.

Como agem os sites falsos de leilões?

O grupo cria um site falso de leilão de veículos, muitas vezes clonando sites de leiloeiras verdadeiras ou utilizando sites com referência a órgãos públicos (Detran, Tribunais de Justiça, Receita Federal, etc.).

Esses sites criados reproduzem as mesmas funcionalidades dos sites verdadeiros, com informações de “lotes” (veículos a serem arrematados) e “leilões” ocorrendo em tempo real com possibilidade de realização de lances, inclusive com informações de SAC e contato (números que são direcionados aos suspeitos);

As possíveis vítimas são atraídas a estes sites falsos em razão do oferecimento de veículos abaixo do preço de mercado; a partir disso, as vítimas são chamadas a efetuar um cadastro nos sites de leilão falso com o fornecimento dos seus dados completos (nome, nº de documentos endereços e inclusive foto da CNH e selfie) a fim de possibilitar a participação no “leilão”;

Posteriormente, ao participar do “leilão” de algum lote (veículo), as vítimas conseguem facilmente saírem vencedoras, a partir de então, os suspeitos iniciam através de chamadas telefônicas e troca de mensagem via WhatsApp diálogo com as vítimas a fim de induzirem a efetuar a transferência do valor correspondente ao “lote arrematado”;

A vítima recebe o “termo de arremate” (documento falso) e dados do “lote” (veículo arrematado), acreditando que de fato participou de um leilão verdadeiro, em razão dos artifícios empregados, efetua o pagamento do valor do “lote arrematado” mediante transferência PIX ou TED para a conta de um beneficiário do golpe, podendo ser uma pessoa física ou jurídica.

Após a vítima procurar o pátio do leilão para a retirada do lote que acreditou ter arrematado ou quando lhe são solicitadas novas quantias para “liberar” o suposto veículo “arrematado”, o qual de fato não existe, é que ela se dá conta que caiu em um golpe.

Como identificar e se prevenir do golpe:

A PC também criou uma cartilha ensinando as pessoas a se prevenir de golpes e identificar sites de falsos leilões, veja abaixo:

Os criminosos utilizam sites cuja hospedagem é fora do país, em razão da dificuldade em registrar domínios no Brasil que exigem mais dados e também com o objetivo de dificultar a investigação. Portanto, qualquer site de leilão de veículos que não tiver o domínio (endereço – URL) com o sufixo “.com.br” deve ser objeto de alerta.

Desconfie de sites cujo domínio (endereço) foi criado recentemente e cuja hospedagem é fora do Brasil. Criminosos criam diversos sites de leilão falso, portanto, desconfie de sites que foram criado a menos de seis meses. Através de qualquer ferramente Whois (local de hospedagem e data de criação);

Pesquise o site do leilão perante o qual deseja participar em páginas de reclamação, como o Reclame Aqui ou o Leilão Seguro com o objetivo de verificar a autenticidade do site e eventuais denúncias de fraude;

O site do leilão seguro, sob a responsabilidade da Associação da Leiloaria Oficial do Brasil (Aleibras), verifica os sites de leilão disponíveis e cataloga os sites com denúncias de frande; de acordo com o Leilão Seguro, há cerca de 3210 sites falsos de leilão catalogados na plataforma nos últimas 4 (quatro) anos;

Verifique se o leiloeiro indicado como titular daquele leilão constante no site, está inscrito no site da Junta Comercial do respectivo estado no caso de Goiás a JUCEG. Somente leiloeiros inscritos regularmente na Juceg podem conduzir leilões;

Desconfie quando o suposto leiloeiro exigir que o valor do lance arrematado seja transferido para terceiros, podendo ser pessoa física e/ou jurídica, que não leiloeiro oficial;

“Caiu” no golpe, como proceder?

Entre em contato imediatamente com o seu banco e informe que foi vítima de uma fraude e solicite o bloqueio da transação bancária;

Registre ocorrência na Polícia Civil;

Essa ocorrência deve ser registrada ainda que nenhum valor tenha sido encaminhado, considerando que geralmente a vítima fornece para os criminosos seus dados pessoais e inclusive cópias de documentos.

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