Mais de 30 pacientes já denunciaram à polícia médico preso suspeito de abuso sexual, em Goiânia

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Mais de 30 pacientes já denunciaram à polícia médico preso suspeito de abuso sexual, em Goiânia
27-01-2018
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Profissional fazia atendimentos ginecológicos sem ter especialização na área. Segundo delegada, entre práticas relatadas por vítimas estavam sexo oral e masturbação.

ais de 30 pacientes já denunciaram à Polícia Civil o médico Joaquim de Sousa Lima Neto, de 58 anos, por abuso sexual, em Goiânia. O homem está preso, mas nega ter cometido qualquer crime contra as mulheres. Segundo a delegada Ana Elisa Gomes, responsável pelo caso, o abuso mais antigo relatado ocorreu há 24 anos.

“Ele tem 30 anos de profissão. No meu ponto de vista, ele passou a vida médica inteira fazendo isso. Tenho certeza que tem mais vítimas. Muitos casos não poderão ser levados para processos por causa do tempo, acredito que desses todos, sete se tornarão inquéritos, mas temos vítimas aqui desde 1994. Ainda assim, é importante que elas continuem vindo denunciar”, afirmou

A delegada acrescentou que vem acompanhando os depoimentos das vítimas, junto com a delegada Bruna Damasceno, e foi possível observar que o homem não fazia diferenciação entre elas. Gomes declarou que os abusos eram constantes e ocorriam sempre que ele via uma oportunidade.

“Acompanhando as oitivas, você percebe que os abusos eram normais no atendimento dele. Ele naturalizou, em especial, a masturbação das vitimas. Acredito que ele fez tantas vezes e nunca deu em nada que ele achou que podia continuar fazendo. Ao mesmo tempo ele fazia muita coisa de graça: atendimentos, cirurgias. Pode ser uma forma que ele achou de ‘se tranquilizar’ pelo que fazia”, comentou.

Prisão

 Segundo a Polícia Civil, o profissional já foi condenado por violação sexual mediante fraude de outras pacientes, em 2015, e recebeu como pena multa de R$ 5 mil, além de três anos de prisão, convertidos em serviços comunitários. No entanto, a defesa recorreu e ele continuou trabalhando e cometendo os abusos.

Em entrevista ,o médico preso declarou que não é culpado  “Eu tenho uma secretária e todos os atendimentos são feitos mediante a presença dela. Eu vou continuar agindo como sempre agi, da maneira correta. Eu sou uma pessoa inocente. Eu estou com um advogado e vou usá-lo com esse propósito [de me defender das acusações]”, disse.

Após as denuncias, o profissional foi afastado do Hospital São Loucas, onde trabalhava, em Goiânia. Conforme defesa da unidade, a direção só soube das denúncias no dia 27 de dezembro, após ser procurada pela polícia. Joaquim foi preso quase um mês depois. A comissão de ética do hospital encerrou o contrato de locação com o médico e o afastou do corpo clínico da unidade.

O médico também é investigado pelo Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego). Segundo consta no sistema de consulta do órgão, o profissional em situação “regular”, mas como  De acordo com o presidente do conselho, Leonardo Reis, o fato pode implicar mais um agravante no processo instaurado contra o profissional no órgão.

Vítimas relatam abusos por médico preso em Goiânia (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

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