Mulher fica acordada ao passar por cirurgia de 4h no cérebro, em Goiás

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Mulher fica acordada ao passar por cirurgia de 4h no cérebro, em Goiás
13-12-2014
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Técnica foi forma de evitar que paciente perdesse definitivamente a fala.
Ela verbalizava e identificava cores durante procedimento

Nascida com uma deformação nos vasos sanguíneos do cérebro, a policial militar Rosilene Cabral da Silva, de 32 anos, precisou ser submetida a uma cirurgia para corrigir o problema, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Como a lesão era ligada à fala, os médicos utilizaram uma técnica já conhecida, mas realizada pela primeira vez no município: com uma anestesia especial, a paciente ficou acordada e verbalizando durante as quatro horas de duração do procedimento.

A cirurgia, denominada “craniotomia acordado”, foi realizada no último dia 2 e filmada pela equipe de nove médicos que participou do trabalho (veja vídeo acima). Segundo o neurocirurgião Alessandro Cardoso a opção foi uma forma de evitar que Rosilene sofresse uma sequela grave.

“Ela tinha uma lesão tumoral, uma lesão vascular na área responsável pela fala. Foi preciso esse procedimento para que a gente retirasse essa lesão sem deixar a paciente sem fala. Ela poderia acordar sem falar e isso seria definitivo se a cirurgia fosse feita com anestesia geral”, explica.

Enquanto o vaso sanguíneo defeituoso era retirado, a paciente era incentivada a conversar. Uma neurofisiologista e uma neuropsicológa mostravam imagens em um computador para que ela pudesse identificar as cores de algumas figuras.

Recuperação
Rosilene teve alta do hospital dois dias depois da cirurgia. Já em casa ela diz que, apesar de ter nascido com a doença, só desconfiou do problema no mês passado. “Enquanto criança, eu não sentia nada. Depois de adulta, eu tinha fortes dores de cabeça e só no mês de novembro eu tive crises convulsivas, que foi onde eu descobri o problema”, lembra.

A mulher, que ainda tem na cabeça a cicatriz da incisão, está animada com o pós-operatório. “Eu estou me recuperando. A recuperação é lenta porque é no cérebro, então até ele voltar para o estado em que tem que permanecer demora um pouquinho, mas eu não estou sentindo dores. Tenho sido bem acompanhada pela equipe”, analisa.

Rosilene Cabral da Silva fica acordada ao passar por cirurgia de 4h no cérebro, em Anápolis, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

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