Operação combate organizações criminosas que agem dentro de presídios em Goiás

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Operação combate organizações criminosas que agem dentro de presídios em Goiás
23-11-2017
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São cumpridos 87 mandados de prisão, alguns deles contra pessoas que já estão no sistema penitenciário.

Polícia Civil realiza nesta quinta-feira (23) uma operação contra organizações criminosas que comandam o crime de dentro de presídios em Goiás. São cumpridos 87 mandados de prisão e 87 de busca e apreensão em 51 cidades. A suspeita é que os grupos ordenavam homicídios, roubos e tráfico de drogas até em outros estados.

A ação, denominada Insone, é coordenada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). O delegado Breynner Vasconcelos Cursino explicou que as ordens para os crimes eram dadas das mais diversas formas.

“Bilhetes, cartas, telefones. Os celulares também entram das mais variadas formas, por advogados, familiares e até com a conivência de alguns servidores que estão sendo investigados nas operações regalias e Livramento”, contou.

De acordo com a corporação, dos mandados, 15 são contra pessoas suspeitas de cometerem os crimes do lado de fora dos presídios. As demais ordens eram para quem já estava detido. Até as 11h desta quinta-feira, 90% dos mandados foram cumpridos, segundo o delegado.

“São pessoas perigosas que ordenam crimes tanto dentro quanto fora dos presídios. As ordens partem de dentro do presídio para pessoas que estão nas ruas cometerem tráfico de drogas, furtos, roubos e homicídios”, explicou Cursino.

Entre as cidades onde foram cumpridos os mandados estão Goiânia, Trindade, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Itumbiara, Caldas Novas, Morrinhos, Rio Verde, Catalão, Santa Helena de Goiás e Goianésia.

Evitar liberação

Segundo a polícia, a operação foi realizada nesta manhã para evitar que presos fossem soltos. “Já tínhamos a informação que um número expressivo de internos seria colocado em liberdade. A operação fez com que permanecessem longe do convívio social”, disse o delegado.

De acordo com a Polícia Civil os alvos da operação que já estavam presos não vão ser transferidos de unidades, mas serão tomadas medidas para que eles não continuem ordenando crimes. Porém, essas ações não foram divulgadas por questão de segurança.

“É uma investigação contínua. Possivelmente, em breve, teremos novas investigações contra as facções que comandam crimes dentro dos presídios”, concluiu Cursino.

Superintendente de execução penitenciária, o tenente-coronel Newton Castilho ressaltou a importância do trabalho feito “em várias mãos”. “Demonstra que o Estado não está apático à situação de crescimento de qualquer grupo dominante de crime organizado. Tem tudo para dar certo. É um trabalho contínuo e cada vez mais endurecedor”, afirmou.

A Polícia Militar informou que reforçou o policiamento nas cidades em que houve a operação. Até agora, não houve nenhum registro de violência. Durante a operação foram apreendidos armas, drogas e celulares. A quantidade, no entanto, não foi divulgada.

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