Cotado para assumir o ministério da Justiça, o senador eleito Flávio Dino (PSB-MA) foi o entrevistado do Canal Livre deste domingo (27)
Cotado para ser ministro da Justiça, o senador eleito Flávio Dino (PSB-MA) condenou o que chamou de “mutilação” do Estatuto do Desarmamento promovida por decretos do presidente Jair Bolsonaro (PL). Para o maranhense, o próximo governo atuará não para fechar clubes de tiros, mas para combater fraudes envolvendo colecionadores, atiradores desportivos e caçadores (CACs). O político foi o entrevistado do Canal Livre deste domingo (27).
O Canal Livre vai ao ar a partir das 20h, no BandNews TV. Depois da série Breaking Bad, às 23h30, o programa será retransmitido na tela da Band. A apresentação é de Rodolfo Schneider. Participam da entrevista os jornalistas Eduardo Oinegue, Adriana Araújo e Thays Freitas.
Fechar os clubes [de tiros]? Não. Os clubes podem existir, mas uma pessoa pode fraudar o porte de trânsito e dizer que está indo ao clube, mas, na verdade, está indo ao bar, armado e com munição? Não. Isso não está na lei, pontuou Dino.
Para justificar a ação do próximo governo contra a “cultura do armamento”, o ex-governador do Maranhão disse que, por parte de alguns grupos de CACs, há o desvio de armas de fogo, multiplicação das milícias e fraudes nos sistemas informatizados. Na entrevista, Dino também ponderou sobre a manutenção do armamento para as forças de segurança e para pessoas residentes em lugares ermos e que não têm acesso à segurança do Estado.
“O Estatuto do Desarmamento foi mutilado por decretos e portarias, usando uma avenida de fraude chamada CACs. É isso que vamos mexer. Forças de segurança? OK. Pessoas em locais ermos, pessoas que, objetivamente, tenham alguma dificuldade de o Estado prover segurança… Agora, CACs que estão se prestando à multiplicação de milícias privadas, desvios de armas de fogo, inclusive para quadrilhas, fraudes nos sistemas informatizados de controle, como nós vimos em vários estados.., É nisso que vamos mexer”, analisou o senador eleito.
Área econômica
Ex-juiz federal, Dino aparece nas listas de apostas dos analistas políticos como o principal nome para o Ministério da Justiça – a depender da organização do governo, incluir-se-á, neste, a Segurança Pública também. Para além disso, o político maranhense foi indagado acerca da área econômica, com destaque ao teto de gastos e “responsabilidade social”.