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Homem chegou a ser preso suspeito de desacato, mas Justiça arquivou o caso por considerar que não há provas. PM determinou uma apuração sobre a conduta dos policiais envolvidos.
Um vídeo mostra um policial militar dando tapas no rosto do dono de uma distribuidora de bebidas em Goiânia durante uma abordagem. Um vídeo mostra quando, além das agressões, o PM ainda dá um chute no celular do homem. O comerciante chegou a ser preso por desacato, mas a Justiça mandou arquivar o caso por considerar que não há provas de qualquer crime por parte dele.
O caso aconteceu em outubro deste ano, mas a defesa do comerciante só divulgou o vídeo agora, após ele ter sido inocentado pela Justiça no início de dezembro.
Em nota, a Polícia Militar informou que a Corregedoria determinou a instauração de um procedimento administrativo para apurar a conduta dos militares envolvidos e as circunstâncias do fato.
“A Polícia Militar de Goiás reitera seu compromisso com o cumprimento da lei e esclarece que não compactua com qualquer desvio de conduta praticado por seus membros”, diz o comunicado.
A advogada Karine Gonçalves conta que houve uma briga na distribuidora de bebidas e alguém acabou chamando a Polícia Militar, que foi ao local. Quando os policiais chegaram, o dono do local foi tentar separar a briga e explicar a situação à PM.
Porém, segundo a defesa, sem que o comerciante tivesse desrespeitado os policiais ou feito qualquer ação, ele começou a apanhar.
A câmera de segurança do local registrou quando o comerciante leva um forte tapa no rosto de um policial. Ele tenta se afastar, mas é contido e apanha novamente. Na sequência, o militar dá um chute no celular que estava na mão do dono da distribuidora, que vai para no alto de uma tenda. Na sequência, é algemado e preso.
“Os policiais disseram que ele os xingou, resistiu à prisão, mas a câmera mostrou que não teve isso. Ele foi preso e só foi solto depois de pagar fiança. Ele ficou tão abalado com isso que vendeu a distribuidora dele”, disse a advogada.
Após o arquivamento do caso, o juiz determinou que o valor pago na fiança seja devolvido ao comerciante.
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