O negócio era simples: buscar o “melhor” pó em Anápolis e vender para os usuários de cocaína da classe média de Goianésia. Uma ida a Anápolis, uma vez por semana, renderia algo em torno dos R$ 1.800,00 de lucro.
Para não chamar a atenção da Polícia,Roberto Camargo, viajava à Anápolis pelo menos uma vez por semana com o objetivo, segundo ele, de levar o sobrinho para fazer hemodiálise, mas segundo a Polícia Civil, isso era apenas um disfarce.
Para não chamar a atenção, apenas pequenas porções de cocaínas eram trazidas por Roberto Camargo para abastecer os usuários grã-finos da cidade, conforme apurou investigação da Polícia.
O tipo de cocaína que era comercializada por Roberto é conhecido como Escama de Peixe. “Essa é a forma mais pura da cocaína. No mundo dos usuários, essa é a melhor que existe e também a mais cara”, informou a Polícia Civil.
A prisão de Roberto foi realizada na tarde desta terça-feira, quando ele trafegava em um veículo Fiat Uno pela Avenida Goiás e foi parado no cruzamento da Avenida Contorno. Segundo a Polícia, ele tentou fugir, resistindo à prisão, mas acabou detido.
Com o acusado pelo crime de tráfico de drogas a Polícia encontrou 50 gramas de cocaína e ainda R$ 220,00 em dinheiro.
Gente importante em busca do pó
Segundo um dos agentes de Polícia, enquanto Roberto estava na Delegacia, vários clientes ligaram em seu telefone em busca de droga. Segundo a Polícia, as ligações telefônicas eram de empresários renomados e profissionais liberais de Goianésia.