Prefeito de Goianésia não descarta nome ao governo do Estado

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Prefeito de Goianésia não descarta nome ao governo do Estado
01-12-2015
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Jalles Fontoura também fez uma avaliação do governo estadual e falou de algumas promessas de campanha, além de esclarecer assuntos polêmicos do município, como a paralização das obras da ciclovia.

Goiânia – Um dos maiores nomes da base de apoio do governo estadual, o prefeito de Goianésia, cidade a 175 km de Goiânia, Jalles Fontoura (PSDB), concedeu entrevista exclusiva ao Jornal A Redação. O prefeito falou da situação em que encontrou a prefeitura da cidade no início de seu mandato, relatou as dificuldades da atual gestão e falou das perspectivas para as próximas eleições. Jalles afirmou não ser candidato à reeleição do município nas próximas eleições, porém não descartou a possibilidade para a disputa do governo do estado em 2018.
Jalles Fontoura também fez uma avaliação do governo estadual e falou de algumas promessas de campanha, além de esclarecer assuntos polêmicos do município, como a paralização das obras da ciclovia.
Filho do ex-governador Otávio Lage, Jalles Fontoura, já ocupou cargos de deputado estadual e federal e foi secretário da Fazenda no primeiro governo de Marconi Perillo, em 1999. Ele está no segundo mandato como prefeito de Goianésia. Além do repórter Lucas Cássio, o diretor executivo do Jornal A Redação, João Unes, participou do encontro. Confira a entrevista:
  
Jornal A Redação – Qual era situação da prefeitura quando o senhor assumiu?
Jalles Fontoura – A prefeitura em 2013, quando eu entrei, estava em uma situação regular. Estava organizada do ponto de vista fiscal. Goianésia é uma cidade que sempre praticou muita responsabilidade fiscal. A gente não tinha problemas tradicionais como atraso de INSS, Cadastro Único de Convênio (CAUC) ou problemas de salários. A prefeitura estava bem organizada.
A.R. – Quais os maiores desafios da gestão?
Jalles Fontoura – Essa administração foi toda planejada em 2012 por meio de um programa discutido com segmentos organizados, nos palanques e em toda a campanha política que se chama “Goianésia pode mais”. Nesse palanque foram estruturadas todas as ações que eu venho desenvolvendo nesse mandato e o maior desafio é a saúde. Foi feito um planejamento para melhorar a saúde das pessoas por meio da faculdade de Medicina. Apareceram a universalização da cobertura da saúde básica, a instalação do Centro de Atenção Psicossocial (Caps), melhoria do hospital municipal, a internação de acadêmicos de medicina, o aumento no número de leitos do SUS, e outras condições. Esse foi o programa para a saúde que foi integralmente executado.
Em Goianésia estão sendo instaladas duas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) começa a funcionar dia 1º de dezembro. O Ambulatório Médico de Especialidades (AME) e o Centro de Referência e Excelência em Dependência Química (Credeq) serão abertos em 2016. A cidade, que antes era uma paroquia, agora é uma diocese, ou seja, a cidade assumiu uma característica regional, era uma cidade local em função de ser fora do eixo Goiânia-Brasília. Era uma cidade isolada. Hoje Goianésia é referência em economia, no emprego, na política e na área social.
A.R. – No começo do seu mandato o senhor era muito criticado em relação à qualidade do asfalto da cidade. O que foi feito para resolver o problema?
Jalles Fontoura – Fazer recapeamento é mais importante do que fazer asfalto novo, porque a cidade está toda asfaltada. Eu tenho até o final do mandato para completar o recapeamento da cidade, porque o asfalto ao contrário de outros tipos de pavimento, vence. Os equipamentos necessários já foram comprados. Essa é uma promessa do passado que eu estou resgatando.
A.R. – O senhor enfrenta uma oposição muito forte na câmara, isso tem atrapalhado o senhor?
Jalles Fontoura – Pelo contrário. Uma oposição forte é ótima para a administração, até porque ela melhora o processo legislativo e os projetos por meio da crítica e da cobrança. A oposição tem sido boa. Eu gosto da oposição que fala, que critica. Ruim é aquela que elogia o erro. A oposição na cidade tem sido leal, nenhum projeto foi rejeitado e sim melhorado. Temos uma situação da câmara bem ativa. Dos 15 vereadores, 9 são da base. A câmara foi mais solução do que problemas.
A.R. – Como o senhor avalia sua gestão até agora?
Jalles Fontoura – Goianésia recebeu nesse mandato um investimento de R$ 200 milhões de reais, nos níveis federal, estadual e municipal. É o maior investimento dos últimos 12 anos. A característica desse mandato foi um investimento massivo em todas as áreas. Estamos investindo 30 milhões em esgoto e água. Hoje, Goianésia tem um padrão suíço de estrutura conforme a própria Saneago informou. Nós universalizamos a água e agora estamos fazendo o mesmo com o esgoto. Nós temos um sistema de capitação de água pluvial para evitar enchentes que funciona muito bem. A cidade tem um bom padrão nessa parte de saneamento e isso se repete na educação. O nosso Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é um dos 10 melhores de Goiás. A cidade conta com 4 mil universitários. Na área de segurança estamos instalando 56 câmeras para fazer o controle de tráfego de segurança. A cidade vai terminar o ano de 2015 com uma economia bem maior do que ela começou, ao contrário do Brasil. Estamos em um momento interessante, o desemprego é muito baixo. A faculdade de Medicina tornou a cidade mais valiosa.
A.R. – Goianésia sempre foi uma cidade que atraiu muitas empresas. Recentemente uma montadora de veículos sondou instalar uma unidade na cidade. Como está essa negociação?
Jalles Fontoura – Ainda é uma fase embrionária, não tem nada certo. O momento é de muita dificuldade para a indústria automobilística.  Goianésia conseguiu atrair algumas grandes empresas como é o caso da Limagrain, que trouxe um investimento de R$ 60 milhões de reais. A Hering triplicou a capacidade de produção com o apoio da prefeitura, e hoje conta com 1.200 funcionários. Algumas empresas de nível nacional estão começando a se instalar em Goianésia, situação que nunca tinha acontecido. Eu espero que essa fábrica de automóveis possa dar certo. Apoio ela vai ter.
Promessas de campanha 
A.R. – Uma das promessas de campanha foi a faculdade de Medicina, que foi muito criticada. No início duvidaram da sua capacidade de manter o curso em Goianésia. Como foi o processo para essa conquista?
Jalles Fontoura – A Uni Evangélica com 2 mil alunos e uma ampla estrutura era a candidata natural para implementação do curso. Não aconteceu na Uni Evangélica em função de uma autorização para o curso de Medicina, que no caso dessa universidade deveria ser liberada pelo Conselho Federal de Educação. O conselho abriu essa possibilidade apenas para 2017, por isso o curso foi para a Universidade de Rio Verde (UniRv), que é pública e apresentou um bom nível. A autorização da UniRv é dada pelo Conselho Estadual de Educação, que poderia legalmente oferecer esse curso.
A.R. – Outra proposta de campanha que vem sendo cobrada pelos moradores da cidade é a entrega de duas mil casas populares para a população. O senhor consegue cumprir essa promessa até o fim da sua gestão?
Jalles Fontoura – Consigo. Mil casas já é página virada, inclusive essas residências têm apoio do programa Minha Casa Minha Vida da Hageab, com o programa Cheque Mais Moradia. Além desse, temos 200 casas do programa Lotes Isolados. Já temos uma área pronta com certificação ambiental atendendo todas as exigências do plano diretor da cidade e de acordo com a Caixa. Estamos esperando do Ministério das Cidades o lançamento da última fase do Minha Casa Minha Vida, que vai liberra mais 500 casas. Então eu já tenho asseguradas 1.700 casas e mais de mil cheques moradias. Vamos lutar para alcançar as 2 mil que é a minha promessa.
A.R. – Uma obra que tem gerado polêmica e que divide opiniões entre os moradores de Goianésia é a construção da Ciclovia, que está com as obras paralisadas. Quando as obras vão continuar?
Jalles Fontoura – Ela está incluída no pacote das obras que o governo estadual começou em 2014 e paralisou. Se até o início de 2016, o governo não reiniciar a obra da ciclovia, a prefeitura vai assumir e terminar. Esse é um programa que vai deixar a cidade melhor. A ciclovia é algo que veio para ficar, ela é um avanço que une saúde, qualidade e rapidez. Em uma cidade plana, como Goianésia, você pode ir de qualquer bairro ao centro em 10 minutos. A bicicleta é um dos grandes instrumentos para melhorar o trânsito, que está intenso na cidade.

 

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