Em nota, o advogado de defesa de Miller Diogo de Oliveira Nascimento, suspeito
Novas imagens divulgadas pela Polícia Civil mostram que o homem preso suspeito de matar o advogado Ricardo Xavier Nunes, de 54 anos, em Nerópolis, na região central de Goiás, foi até a casa da vítima em torno de 1 hora antes do crime. Segundo a Polícia Civil, vítima e suspeito eram primos e já tinham um histórico de desentendimento, mas a família nega essa versão.
Em nota, o advogado de defesa de Miller Diogo de Oliveira Nascimento, suspeito do crime, disse que desde a prisão ele vem contribuindo com as investigações. A defesa negou que exista uma relação do caso com o exercício da advocacia e que espera a finalização do inquérito para tomar as medidas que entendem cabíveis.
O crime aconteceu na manhã do ultimo Sábado (14). Segundo a polícia, as novas imagens contradizem o depoimento do suspeito, que disse que tinha ido até a casa da vítima para tirar satisfação apenas uma vez. Na verdade, a imagem revela que o suspeito esteve no local às 6h50, no dia do crime, mas ninguém abriu o portão. O crime aconteceu por volta de 8h.
De acordo com o delegado André Fernandes, esse vídeo pode comprovar a premeditação do crime.
Investigação
O suspeito foi preso 12 horas após o assassinato, na cidade de Rubiataba, a cerca de 180 km de Nerópolis. Segundo o delegado, ele foi encontrado na casa de conhecidos. Após ser preso, o suspeito foi ouvido e encaminhado para a Unidade Prisional de Goianápolis, onde permanece preso até esta quinta-feira (19).
Ainda conforme a polícia, em depoimento, o suspeito confessou o crime e disse ter atirado em Ricardo porque, na noite anterior, após uma discussão, a vítima foi até a casa do pai dele e atirou com o objetivo de atingir o idoso.
No entanto, segundo o investigador, testemunhas ouvidas durante o inquérito policial alegaram que não houve disparo, pois o barulho foi causado por bombas usadas pela vítima para espantar uma onça.
Mulher de Ricardo, a advogada Lorena Nunes afirmou que o marido nunca tinha tido desentendimento com o primo e não entende o motivo do crime.
Segundo o delegado, o inquérito deve ser concluído hoje sexta-feira (20), quando deve indiciar o suspeito por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil. Se condenado, ele pode pegar até 30 anos de prisão.
Câmera registrou o crime
A câmera de segurança também registrou quando o advogado sai de casa para ir ao encontro do primo, que está na traseira de uma caminhonete. A conversa leva poucos minutos. Logo, o atirador saca a arma, dispara contra Ricardo e foge. A vítima fica caída na calçada.