Conselho Tutelar denunciou ao Ministério Público e citou cinco crianças no documento. Secretaria de Educação de Alexânia disse que servidora foi afastada.
Uma professora é investigada por maus-tratos após ser filmada colocando crianças em um banheiro para castigá-las em Alexânia, no Entorno do Distrito Federal. Um vídeo de quase 7 minutos mostra um aluno sozinho no banheiro enquanto os outros brincam. Em certo momento, a servidora pede que ele faça silêncio.
“Ravi, é silêncio aí no banheiro. Senão eu vou te levar lá pra tia Cláudia. Pra você obedecer, Ravi!”, diz a professora.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação de Alexânia disse que “afastou a suposta autora da regência de classe e solicitou a apuração dos fatos por meio de sindicância”. A pasta informou também que, caso seja confirmado o comportamento impróprio, “serão tomadas as medidas da lei”.
Em outro momento do vídeo, uma aluna chora porque está sem chinelo e a professora ameaça colocá-la no banheiro no lugar de Ravi, filho de Lorrany Cristina. A mãe contou que só descobriu sobre o castigo, após ser chamada pelo Conselho Tutelar, que denunciou o caso no Ministério Público.
“Quando a gente deixava ele na escola, ele começava a chorar, ele não queria, entrava na sala chorando, eu perguntava e ele falava que não aconteceu nada. Quando eu fiquei sabendo foi um choque”, disse Lorrany, mãe de Ravi.
“A gente confia neles e acontece um trem desses, eu fiquei revoltada quando fiquei sabendo disso”, completou Lorrany.
A conselheira Maria Batista explicou que cinco crianças foram citadas na denúncia. O caso aconteceu no Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Elizabete Bernardes Davi.
“Decidimos passar a situação de ‘notícias de fatos’ ao Ministério Público e pedimos o afastamento da professora”, completou Maria.
Além de Lorrany, que registrou um boletim de ocorrência no início deste mês, a mãe de outra criança que aparece chorando nas imagens também denunciou o caso. No boletim de ocorrência, a mulher diz que teme pela integridade física da menina.
A Polícia Civil informou que investiga o caso. A delegada informou nesta quarta-feira (22), que a advogada ficou de apresentar a professora na terça-feira, mas remarcou.