Saúde confirma caso de leishmaniose visceral em criança de 3 anos em Caldas Novas; veja o que é a doença e como ser evitada

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Saúde confirma caso de leishmaniose visceral em criança de 3 anos em Caldas Novas; veja o que é a doença e como ser evitada
07-05-2023
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Segundo a Secretaria Municipal de Saúde é o primeiro caso da doença, que é rara, na cidade neste ano. Para entender sobre a doença, o g1 ouviu um especialista em infectologia.

Uma criança de 3 anos foi diagnosticada com leishmaniose visceral humana, em Caldas Novas , no sul de Goiás. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde é o primeiro caso da doença, que é rara, na cidade neste ano. Para entender sobre a doença, ouvimos um especialista em infectologia.

Entramos  em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) para saber se há registro de outros casos no estado e aguarda retorno.

Conforme a SMS, a vítima está em tratamento em Goiânia e os detalhes do caso seguem no em sigilo para proteção e segurança da paciente e dos familiares.

A secretaria disse ainda que as ações de prevenção e controle da doença já estão sendo tomadas em conjunto seguindo as orientações da Secretaria Estadual de Saúde e Ministério da Saúde.

Segundo a pasta, seguindo os protocolos sanitários, foi realizada uma ação de bloqueio na casa da criança e também nas proximidades, descartando outros casos.

Antes mesmo da confirmação do diagnóstico, as equipes da Secretaria Municipal de Saúde realizaram exames nos cães do local, cujos resultados foram negativos.

Conversamos  com o médico infectologista Werley Freire, que explicou que a doença é rara. Ele também orienta a como tratar e prevenir.

O que é a Leishmaniose?

A Leishmaniose é uma antropozoonose, ou seja, uma doença primária de animais que pode ser transmitida aos humanos.

Ela é causada pelo protozoário intracelular do gênero Leishmania e transmitida pela picada da fêmea de insetos flebotomíneos, o mosquito palha.

A manifestação da doença pode ser vista através de lesões na pele, mas também pode variar causando lesões nos órgãos internos levando até a morte.

“Os quadros da forma visceral evoluem com anemia grave, sangramentos e diminuição da imunidade, o que torna a pessoa alvo de infecções bacterianas por exemplo, e nesses casos pode ter uma evolução para óbito”, conta o médico.

A evolução para doença sintomática pode ocorrer em semanas ou anos, mas também pode ser subaguda, aguda ou crônica, podendo ser fulminante, ou seja, rápida e instantânea em 90% dos casos.

Werley conta que há alguns fatores de risco em que há situações onde se torna mais frequente ter a doença, são elas:

  • Pessoas do sexo masculino;
  • Infecção por HIV;
  • Imunocomprometimento;
  • Desnutrição;
  • Abuso de drogas injetáveis;
  • Residência ou visitas a áreas endêmicas,
  • Extremos de idade.

Como tratar

A cura da doença é feita com tratamentos específicos com medicamentos como glutantime e anfotericina.

Como prevenir

Não existe vacina ou medicação para fazer uso preventivamente, a melhor forma de prevenção se baseia no controle de vetores e dos reservatórios, proteção individual, diagnóstico precoce e tratamento dos doentes, manejo ambiental e educação em saúde.

Ou seja, se for a uma localidade onde tenha aumento no número de casos deve-se:

  • Usar de mosquiteiro com malha fina;
  • Telar de portas e janelas com malha fina;
  • Usar repelentes,
  • Não se expor nos horários de atividade do vetor (crepúsculo, claridade no céu entre a noite e o nascer do Sol, e noite)
  • veja as noticias no nosso instagram @informativo.cidades

O parasita causador da leishmaniose visto do microscópio — Foto: BBC

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