Seis pessoas são denunciadas e presas pela morte de pecuarista em loja de São Miguel do Araguaia

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Seis pessoas são denunciadas e presas pela morte de pecuarista em loja de São Miguel do Araguaia
02-12-2020
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Ex-sogro de Agno Rainere é suspeito de ser o mandante do crime por não aceitar dividir bens com a vítima. Câmeras de segurança registraram assassinato, há dois meses.

A Justiça decretou, nesta quarta-feira (2), a prisão temporária dos seis acusados de envolvimento no assassinato do pecuarista Agno Rainere, em São Miguel do Araguaia , no oeste de Goiás. Todos também foram denunciados pelo crime. Câmeras de segurança registraram quando  Agno foi mortoa tiros na porta da loja onde trabalhava, no dia 30 de setembro deste ano (vídeo acima).

De acordo com a denúncia do Ministério Público de Goiás (MP-GO), apresentada no último dia 29, o ex-sogro da vítima, Cacildo Barbosa do Amaral, de 70 anos, é responsável por encomendar a morte de Agno   em razão de disputas financeiras. Ainda segundo o MP, ele contou com a ajuda do advogado Gary Francisco Marques, que o ajudou a planejar o crime, contratar o executor e os demais participantes.

A defesa de Cacildo do Amaral informou que o cliente se apresentou espontaneamente à delegacia nesta quarta-feira, que está contribuindo com as investigações e que não tem participação no crime. A defesa também afirmou que vai recorrer da decisão.

Já a defesa de Gary Francisco Marques informou que só teve acesso à decisão nesta quarta-feira, que irá comprovar que o novo mandado de prisão é ilegal e que o cliente é inocente.

Também foram denunciados Leonardo de Freitas Pereira, José Maria de Bastos, Fabiano Alves Cardoso e Manoel Mendes de Oliveira por participarem do homicídio.

 não conseguimos localizar a defesa dos demais até a última atualização desta reportagem.

De acordo com a delegada regional de Porangatu, Jocilaine Braz Batista, o inquérito policial concluiu a participação dos seis acusados. Todos eles estão presos.

“Após indícios suficientes de autoria e participação dos seis indivíduos, [a Polícia Civil] representou pela prisão preventiva do mandante do crime, sogro da vítima, e também pela conversão da prisão temporária em preventiva dos quatro intermediários e do executor”, afirmou.

Cacildo do Amaral foi preso no dia 5 de novembro, mas conseguiu habeas corpus e foi solto cinco dias depois. Com a decretação da prisão preventiva, ele se apresentou à delegacia na manhã desta quarta-feira.

Gary Francisco Marques, que estava preso temporariamente desde o dia 7 de novembro, havia conseguido alvará de soltura na terça-feira (1º), mas não chegou a sair da cadeia, pois teve a prisão convertida em preventiva pela Justiça logo em seguida.

Os seis acusados foram denunciados por homicídio qualificado mediante pagamento, por motivo fútil e meio que impossibilitou a defesa da vítima. Agno estava de costas quando foi morto a tiros, na porta da loja onde trabalhava.

Os seis presos acusados do crime são:

  • Cacildo Barbosa do Amaral: ex-sogro da vítima e acusado de mandar matar Agno Rainere;
  • Gary Francisco Marques: acusado de arquitetar o crime e contratar os participantes;
  • Manoel Mendes de Oliveira: acusado de atirar e matar Agno Rainere;
  • Fabiano Alves Cardoso: acusado de ajudar Manoel a matar Agno Rainere;
  • José Maria de Bastos: acusado de providenciar a arma e a motocicleta utilizadas no crime;
  • Leonardo de Freitas Pereira: acusado de organizar a execução do crime.

 

Crime

De acordo com a denúncia apresentada pelo MP, após o divórcio de Agno Rainere e da filha de Cacildo do Amaral, surgiram diversos conflitos entre a vítima e o ex-sogro, de quem era sócio na Casa do Fazendeiro. Agno reivindicava, segundo o MP, as cotas societárias.

Os promotores de Justiça afirmam que, diante das desavenças, Cacildo Barbosa do Amaral informou ao advogado Gary Francisco Marques que tinha interesse em matar o ex-genro. Por sua vez, segundo o MP, Gary negociou com Leonardo de Freitas Pereira as providências e valores que seriam necessários para consumar o crime e recebeu de Cacildo o valor para contratar o executor.

Segundo o MP, Leonardo de Freitas Pereira viajou a Goiânia várias vezes para definir com José Maria de Bastos a execução do crime. Ele também viajou, de acordo com a denúncia, a São Miguel do Araguaia, juntamente com Fabiano Alves Cardoso, para reconhecimento e mapeamento da rotina de Agno Rainere. José Maria de Bastos foi quem providenciou a aquisição e transporte da motocicleta e arma utilizadas pelo atirador, segundo o MP.

Fabiano Alves Cardoso chegou a viajar para São Miguel do Araguaia para executar o crime no início de setembro, mas não teve sucesso, de acordo com a denúncia, por causa de alteração na rotina da vítima. O crime aconteceu no dia 30 de setembro.

Consta da denúncia que, logo após matar a vítima com quatro tiros, Manoel Mendes de Oliveira e Fabiano Alves Cardoso fugiram para a saída de São Miguel do Araguaia, onde colocaram fogo na motocicleta usada no crime e, em seguida, viajaram para Goiânia.

 À esquerda o ex-sogro da vítima Cacildo Amaral e à direita o advogado Gary Franscisco Marques — Foto: Reprodução TV Anhanguera
À esquerda o ex-sogro da vítima Cacildo Amaral e à direita o advogado Gary Franscisco Marques

Homem é morto a tiros na porta de loja onde trabalhava, em São Miguel do Araguaia; vídeo Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Homem é morto a tiros na porta de loja onde trabalhava, em São Miguel do Araguaia;

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