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O primeiro ingresso de mulheres na PM foi em 1986
Protagonistas de uma trajetória marcada por superação de obstáculos e preconceitos históricos, as mulheres conquistam cada vez mais espaços importantes na Polícia Militar de Goiás. Na última sexta-feira, dia 20, completou 29 anos que policiais femininas ingressaram na corporação pela primeira vez. Ao longo dos anos, muitas histórias e consolidação de grandes conquistas. Hoje 1.044 fazem parte da corporação, sendo 38 do Serviço de Interesse Militar Voluntário (Simve)
Integrante da primeira turma de soldados, a sargento Maria Inês Ribeiro, de 49 anos, fala um pouco mais sobre a inclusão de mulheres na PM goiana. Para ela, um dos principais avanços está na quebra de paradigmas. “Como nós éramos as primeiras, o processo de aceitação não foi fácil, mas superamos. Comparando com os dias de hoje, as mudanças são significativas”, sublinha.
Aberto no início de 1986, o primeiro processo seletivo para inclusão de policiais femininas contou com a participação de 1.116 candidatas, mas apenas 103 foram matriculadas no Curso de Formação de Soldados (CFSD). Desse total, 99 concluíram o curso. Algumas delas permanecem na instituição até hoje, como é o caso da sargento Maria Inês.
Na época, para participar do processo seletivo a candidata deveria ter idade entre 18 e 26 anos, primeiro grau completo, altura mínima de 1,60 metros, solteira, separada legalmente ou viúva. A seleção era feita mediante aplicação de prova intelectual, avaliação médica, teste de aptidão física e avaliação psicológica.
O tempo passou e as mulheres se multiplicaram formando um efetivo composto por 1.044 policiais femininas. À frente de companhias ou batalhões; na condução de viaturas; ao lado de cães ou cavalos; elas contribuem com a melhoria contínua dos serviços prestados à população goiana, através da execução de atividades operacionais, administrativas e na área de saúde.
O comandante-geral da PM, coronel Silvio Benedito Alves, explica que a abertura de novos espaços às mulheres representa o avanço de um importante passo do processo de humanização da Polícia Militar. “De forma pioneira, as mulheres passaram a exercer funções antes ocupadas apenas por homens”, assinala.
A major Elisângela Sueli de Lemos Ferreira, exemplifica bem a conquista de novos lugares. Atualmente, ela exerce a função de ajudante-de-ordem do comandante-geral, auxiliando no cumprimento de determinações extensivas aos demais órgãos que compõem a estrutura da corporação, seja no âmbito estratégico, administrativo e operacional.
