Delegado suspeita que tiros foram forma de intimidação. Rones Kley foi presidente da Câmara e teria montado um esquema para receber pagamentos indevidos de um escritório de advocacia.
O vereador de Aragarças Rones Kley da Silva (Republicanos), que foi preso suspeito de montr um esquema para receber rachadinha” com um escritório de advocacia, teve a casa baleada nesta quarta-feira (14), após sair da prisão, segundo o delegado Fábio Marques.
O investigador contou que a autoria disparos ainda é desconhecida. O g1 não conseguiu contato com o vereador e sua defesa até a última atualização desta reportagem.
“Pelo que consta até este momento, dos tiros foram feitos para intimidação. Alguns fatos demonstram isso, como o horário, por exemplo, de madrugada, quando ele estava dormindo, e disparos contra o portão somente”, comentou Fábio Marques.
De acordo com o depoimento do vereador no boletim de ocorrência, o parlamentar estava chegando em casa e percebeu um motociclista o seguindo. Ao entrar com o carro na garagem, ele ouviu disparos. No portão da casa ficaram as marcas de três tiros.
Um dos tiros, inclusive, atravessou o portão e acertou o carro, já do lado de dentro casa.
Suposta rachadinha
Rones Kley foi preso em 24 de agosto deste ano, em casa, suspeito de montar um esquema de “rachadinha” com um escritório de advocacia enquanto presidiu a Câmara Municipal. Um vídeo mostra quando o vereador recebe parte do dinheiro.
Na época da prisão, a defesa do vereador afirmou que não irá se posicionar. Já a Câmara Municipal de Aragarças ressaltou que “o fato aconteceu na gestão da presidência do ano passado” e que a Câmara está colaborando com a Justiça. Também disse que “a empresa envolvida no fato com o vereador não possui mais contrato com a câmara”.
O delegado que investigou o caso, Cleybio Januário, explicou que o vereador em questão estaria solicitando vantagem de um escritório de advocacia contratado pela Casa Legislativa. Segundo a polícia, o esquema se iniciou em janeiro de 2021 e durou até os dias atuais. Ao todo, ele teria recebido do escritório o valor de R$ 4 mil por mês durante o ano de 2021 e cerca de R$ 2 mil durante o primeiro semestre deste ano.
“O advogado ofereceu a denúncia de que estaria sendo coagido a pagar valores mensais exigidos do então presidente da Câmara de Aragarças para a continuidade do contrato do escritório de advocacia”, explicou Cleybio.
Segundo o delegado, o responsável pelo escritório de advocacia teria apresentado os comprovantes de pagamento e um vídeo gravado por ele de um pagamento realizado na sede da Câmara.
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