Sobre a agenda social do futuro governo, Huk demonstrou não acreditar numa política eficiente e focada no combate a desigualdade.
Em entrevista concedida ao jornal O Estado de São Paulo, publicada neste domingo (9), o apresentador e empresário Luciano Huck diz não enxergar nas propostas do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), “um projeto de País”. Embora afirme que Bolsonaro “não enganou ninguém” durante a eleição e defenda um voto de confiança no futuro presidente, Huck cobra um plano de redução da desigualdade para o País “não ficar andando de lado para sempre”.
Na entrevista, disse também que o atual governo foi retrocessos na Educação, que “avançou nos últimos anos 20 anos”, segundo ele. “O foco é na qualidade” e não na pauta “escola sem partido”, declarou.
Luciano Huk admitiu ainda que não tem mais como sair da política, onde entrou quando passou a ser cotado como um potencial “outsider” na disputa presidencial deste ano. Após muitas especulações, ele desistiu de concorrer.
O apresentador declarou que participa de conversas e articulações para a formação de um nova força política que agregue as “forças de centro” e apresente uma agenda fora da atual polarização em curso no país.
Sobre a agenda social do futuro governo, Huk demonstrou não acreditar numa política eficiente e focada no combate a desigualdade.”Precisa de uma agenda eficiente por um lado, mas ela tem que ser afetiva. Se você não tiver uma agenda social muito focada, com prioridades claras, o País vai continuar sendo desigual. A redução de desigualdade é um problema enorme e de solução complexa. Precisa ser prioridade, mas acho que não vai ser nesse caso”.