Caiado descarta troca do DEM pelo PMDB

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Caiado descarta troca do DEM pelo PMDB
30-11-2016
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Senador é cotado para concorrer a presidente, vice-presidente ou ao governo de Goiás

O senador Ronaldo Caiado (DEM) deu uma resposta aos peemedebistas goianos que cobram sua filiação ao partido para ter a chance de ser candidato a governador em 2018 com o apoio do PMDB de Iris Rezende. “Eu? De maneira alguma. Estou com muito orgulho no DEM, jamais passou isso pela minha cabeça, não existe nada disso. Tenho uma posição dentro do Democratas mesmo nos momentos mais difíceis do partido. Não tem sentido eu sair”, disse Caiado ao responder pergunta do jornalista Milton Jung, da rádio CBN nacional.

O democrata diz que o seu partido está se preparando para disputar as eleições presidenciais, com nome próprio ou em apoio a outra legenda. “O DEM está discutindo os problemas do país e apresentando alternativas para a próxima administração, sempre com possibilidade de concorrer com candidato próprio à presidência.”

Ronaldo Caiado é lembrado para concorrer, pela segunda vez, ao Palácio do Planalto, em 2018. A primeira vez que disputou a sucessão presidencial foi em 1989, enfrentando adversários de peso, como Fernando Collor de Melo (o vencedor), Leonel Brizola, Lula, Aureliano Chaves e Mário Covas.

O prefeito reeleito de Salvador, ACM Neto inclui Ronaldo Caiado entre os presidenciáveis do DEM. “O nosso partido quer ser protagonista em 2018 na disputa presidencial. Qual o partido que não gostaria de ser: E Caiado colocou seu nome à disposição do Democratas e será avaliado, no momento oportuno”.

O democrata também é citado para figurar como candidato a vice-presidente, em uma chapa a ser encabeçada pelo PSDB.

Sucessão estadual

Por ter conquistado o mandato de senador, em aliança do DEM com o PMDB, Ronaldo Caiado também vive a expectativa de concorrer ao Palácio das Esmeraldas, daqui a dois anos, com o apoio dos peemedebistas. Mas os prefeitos eleitos Ernesto Roller e Adib Elias sustentam que, para construir a sua candidatura a governador, Caiado deveria filiar-se ao PMDB. “No meu entendimento, dificilmente o PMDB irá apoiar alguém que não seja do próprio partido”, ressaltou Adib Elias.

Por ter aliado a Iris Rezende em 2014 e ter antecipado apoio ao peemedebista na disputa pela prefeitura de Goiânia, este ano, Ronaldo Caiado espera ter o respaldo do prefeito eleito a uma possível candidatura ao governo de Goiás.

Sem o apoio do PMDB, Caiado terá dificuldades em consolidar seu projeto de concorrer à sucessão estadual de Goiás, em razão da fragilidade do DEM. Com apenas dez prefeitos eleitos – parte promete deixar a legenda logo após a posse, em 1º de janeiro -, o Democratas tem estrutura frágil no interior do estado, já que a maioria dos seus quadros permaneceu na base aliada do governador Marconi Perillo, após decisão de Caiado de ingressar as fileiras da oposição, em 2014.

Atualmente, o DEM não tem nenhum deputado federal ou estadual. O único eleito pelo Democratas, em 2014, Helio de Sousa (atual presidente da Assembleia Legislativa) deixou a legenda, em 2015, para filiar-se ao PSDB.

O primeiro obstáculo já surgiu: deputado José Nelto, líder da bancada do PMDB na Assembleia Legislativa descarta apoio a uma eventual candidatura de Ronaldo Caiado ao Governo de Goiás, mesmo que o senador venha a filiar-se ao seu partido. “O PMDB já tem dois bons nomes para concorrer a governador, em 2018, o deputado federal Daniel Vilela e o ex-governador e atual prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela”.

Reforma política

Ronaldo Caiado comemorou a votação da PEC 36/16, que cria a cláusula de barreira e acaba com as coligações partidárias. A “minirreforma política”, como ficou conhecida, foi aprovada com 63 votos favoráveis em 2º Turno. A matéria segue agora para a Câmara dos Deputados.

“É uma resposta concreta diante de situação de total balbúrdia que estamos vivendo com a criação desenfreada de partidos. Já temos 36 legendas atuais e mais 56 na lista de espera para serem autorizadas. Nós não temos tantas tantas tendências políticas assim. Essa reforma política, mesmo fatiada, está deixando claro: o partido, para se instalar, tem que mostrar realmente se tem voto”, explicou Caiado.

O senador lembrou que foi relator de um projeto extenso de reforma política na Câmara dos Deputados que não avançou por conta da falta de diálogo entre parlamentares das duas Casas. Ele elogiou a estratégia atual de dividir os temas da reforma entre Câmara e Senado e fazer a votação fatiada. “Naquele momento imaginávamos a possibilidade de elaborar reforma política na sua inteireza construindo uma mudança substantiva de todo sistema eleitoral brasileiro”, lembrou.

A Proposta de Emenda Constitucional 36/2016 estabelece o fim das coligações partidárias e impõe uma cláusula de barreira para os partidos políticos terem acesso a tempo de televisão e rádio, fundo partidário e financiamento parlamentar. Ela também cria a “federação partidária”, que funciona como um único partido para os fins de cálculo da representação proporcional.

 

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