Caso Escobar: Troca de mensagens entre PMs mostra que militares simulavam confrontos para justificar assassinatos

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Caso Escobar: Troca de mensagens entre PMs mostra que militares simulavam confrontos para justificar assassinatos
28-03-2024
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Militares são suspeitos de matar pelo menos sete pessoas para se livrarem de provas relacionadas ao assassinato do empresário Fábio Alves Escobar Cavalcante. Mensagens foram extraídas de aparelhos encontrados com os investigados.

Uma troca de mensagens entre policiais militares investigados por uma série de assassinatos mostra que eles simulavam confrontos para justificar as mortes. Os militares são suspeitos de matar pelo menos sete pessoas para se livrarem de provas relacionadas ao assassinato do empresário Fábio Alves Escobar Cavalcante, em 2021, em Anápolis, a 55 km de Goiânia.

“Quero confronto, só mais um, depois ‘nóis’ para”, escreveu um dos policiais.

Um documento obtido pelo repórter Honório Jacometo mostra a troca de mensagens feita em 2021 pelos policiais. As mensagens foram extraídas a partir de uma decisão judicial de celulares que foram encontrados com policiais militares investigados.

Nos aparelhos, é possível ver que nos dias em que seis das vítimas morreram, os policiais informações do suposto confronto em um grupo de divulgação de ocorrências da Polícia Militar. Entramos  em contato com a Polícia Militar, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Conforme a denúncia do MP contra os policiais, para encobrir o crime contra Fábio Escobar, foram mortos: Bruna Vitória Rabelo Tavares, Gabriel Santos Vital, Gustavo Lage Santana, Mikael Garcia de Faria, Bruno Chendes, Edivaldo Alves da Luz Junior e Daniel Douglas de Oliveira Alves.

Relatório policial

No documento de 84 páginas é explicado que os policiais criaram um grupo para tratar de ocorrências de supostos confrontos. Na conversa entre os militares é possível ver que eles combinavam versões desses confrontos.

A suspeita é que as pessoas que foram assassinadas tenham sido mortas em uma espécie de “queima de arquivo” feita por esses militares para que a investigação não chegasse nos policiais envolvidos na morte do empresário Fábio Escobar.

Foram mencionados no relatório da Polícia Civil, os seguintes policiais.

  • Glauko Olivio de Oliveira;
  • Marcos Jesus Rodrigues;
  • Thiago Marcelino Machado;
  • Wembleyson Azevedo Lopes;
  • “Jhonatan”;
  • “Aurélio”;
  • “Moraes”;

Os policiais Almir Tomás de Aquino Moura, Erick Pereira da Silva e Adriano Azevedo Souza, que foram investigados no caso, não são mencionados no relatório. Não  conseguimos localizar a defesa de Almir, Marcos Aurélio Silva Santos, Adriano e Rodrigo Moraes Leal. A reportagem entrou em contato com a defesa dos demais militares, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.

Apesar do documento constar o nome de um policial chamado Jhonatan, defesa de Jhonatan Ribeiro de Araújo, que foi investigado no caso, disse  que seu cliente não está preso, não foi denunciado pelo caso e que não participa dessas conversas. Ela ainda disse que ele desconhece o conteúdo das mensagens.

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Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas em Goiânia — Foto: Thauany Melo/g1 Goiás

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