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Cerimônia aconteceu na cidade natal do primeiro brasileiro a erguer a taça de campeão de uma Copa do Mundo
O corpo de Bellini, capitão da Seleção Brasileira na primeira Copa conquista pelo país, em 1958, foi enterrado neste sábado no Cemitério Municipal da Saudade, em Itapira, no interior de São Paulo, cidade natal do ex-atleta. Antes, o velório do jogador foi realizado no ginásio Itapirão, e reuniu amigos e familiares.
Hilderado Luís Bellini morreu na última quinta-feira, dia 20, aos 83 anos. O ex-zagueiro sofria de Mal de Alzheimer. Ele estava internado desde 20 de março e não resistiu às complicações de seu estado de saúde.
Nascido em 7 de junho de 1930, Bellini começou a jogar futebol aos 16 anos, no Itapirense, time da sua cidade. Depois de passar pelo Sanjoanense, o zagueiro se transferiu para o Rio de Janeiro: mais precisamente ao Vasco da Gama, em 1952.
Década de ouro em São Januário
Durante dez anos com jogador do Vasco, Bellini disputou mais de 400 jogos pelo time cruzmaltino, conquistando os campeonatos cariocas de 1952, 1956 e 1958 e o Torneio Rio-São Paulo de 1958.
Nesse período, Bellini também foi multicampeão com a seleção brasileira. Além de levantar a taça em 1958, o zagueiro foi bi mundial em 1962 – vendo o colega Mauro erguer a Jules Rimet –, bi da Copa Roca (1957 e 1960), tri da Copa Oswaldo Cruz (1958, 1961 e 1962) e campeão da Taça Bernardo O’Higgins (1959) e da Copa Atlântica (1960).
Bellini foi o “inventor” do gesto de levantar a taça sobre a cabeça para comemorar um título Mundial, mas a criação surgiu por acaso: quando ele recebeu a Jules Rimet na Suécia em 1958, os fotógrafos que se amontoavam em sua volta não conseguiam fazer uma imagem boa do troféu e pediram que o capitão erguesse o objeto, dando à luz a esta tradição.
Outra história curiosa envolvendo o nome do ex-jogador envolve o monumento em homenagem aos campeões mundiais, no entorno do estádio Maracanã. Embora não demonstre um atleta específico, o povo determinou que aquela seja a estátua do Bellini.
Monumento aos campeões mundiais, eternizado como “estátua do Bellini”:
Transferência para o São Paulo
No ano em que foi bicampeão do mundo, em 1962, Bellini foi vendido pelo Vasco ao São Paulo. No Tricolor, o zagueiro ficou por seis anos e não conquistou nenhum título, transferindo-se para o Atlético-PR em 1968 – clube pelo qual encerrou a carreira, na temporada seguinte.
Mal de Alzheimer
Nos últimos anos, Bellini vinha sofrendo do Mal de Alzheimer. Além disso, no fim de 2013, o ex-jogador foi internado com broncopneumonia aspirativa devido à dificuldade de deglutição, chegou a apresentar uma evolução no quadro e deixou o hospital, mas voltou a sofrer com o mesmo problema e foi novamente internado.
