Decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado e assinada pelo secretário Rodney Miranda. Tenente-coronel Clécio Teles confirmou saída da direção do colégio na última sexta-feira (4).
O tenente-coronel da Polícia Militar Clécio Teles foi enviado para a reserva remunerada. A decisão vem após vídeos mostrarem alunos carregando 6 mil telhas e dentro de piscina o idolatrando quando ele era diretor do Colégio Militar Colina Azul, em Aparecida de Goiânia .
O anúncio foi feito no Diário Oficial do Estado nesta segunda-feira (7) e assinado pelo secretário estadual de segurança pública, Rodney Rocha Miranda. A portaria entrou em vigor na data da publicação.
Em uma publicação feita na última sexta-feira (4) em uma rede social, o tenente confirmou que deixava a direção do colégio. No dia 24 de fevereiro, o Mnistério Publico do Estado de Goiás feitos na unidade.
Uma das gravações mostra alunos do colégio militar depois de carregarem 6 mil telhas. O MP também pediu informações à unidade após pais denunciarem que os estudantes foram obrigados a idolatrar um funcionário do local.
Procuramos a Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP-GO), por mensagens enviadas às 20h10 desta segunda-feira, mas a assessoria recomendou que a reportagem entreasse em contato com a própria Polícia Militar.
Vídeos
Nas imagens, que começaram a circular na web em fevereiro, é possível ver mais de 30 alunos, entre homens e mulheres, em cima do telhado da escola, sem equipamentos de proteção, com um funcionário da unidade. Em uma das gravações, o servidor diz que o grupo carregou 6 mil telhas. Em seguida, eles fazem um grito de guerra.
“E as 6 mil telhas que nós subimos, 6 mil telhas. O 3º ano e o escravo. E as 6 mil telhas”, diz o funcionário no vídeo.
Sobre isso, o Comando de Ensino da Polícia Militar disse, no dia 23 de fevereiro, que não ia se manifestar sobre o caso.
Já nas imagens que mostram alunos uniformizados dentro de uma piscina, é possível ver que eles respondem a comandos de um funcionário. Veja a transcrição de parte do diálogo:
Funcionário: “Em homenagem ao nosso”.
Alunos: “Supremo. Magnífico”.
Funcionário: “em homenagem ao nosso comandante diretor”.
Alunos fazem um grito de guerra.
De acordo com o Ministério Púbico, essa denúncia chegou por meio dos pais até o MP. Eles contaram que os estudantes foram obrigados a idolatrar um funcionário do local e também o governador Ronaldo Caiado (DEM) durante atividades na unidade.