Doença da urina preta: mulher que teve Síndrome de Haff após comer peixe morre depois de 13 dias internada em hospital no Recife

Capa » NOTÍCIAS » Doença da urina preta: mulher que teve Síndrome de Haff após comer peixe morre depois de 13 dias internada em hospital no Recife
Doença da urina preta: mulher que teve Síndrome de Haff após comer peixe morre depois de 13 dias internada em hospital no Recife
04-03-2021
Compartilhe agora:

Óbito ocorreu às 17h30 desta quarta-feira (3), segundo o Hospital Português. Ele teve morte cerebral, de acordo com a família. Priscyla Andrade, de 31 anos, estava internada desde o dia 18 de fevereiro, após um almoço em que comeu arabaiana.

A médica veterinária Cynthia Priscyla Andrade de Souza, de 31 anos, que contraiu a Sídrome de Haff, conhecida como “doença da urina preta”, morreu às 17h30 desta quarta-feira (3), após 13 dias internada.

Ela estava , no hospital Portuguêsno Recife , desde 18 de fevereiro, quando comeu peixe da espécie arabaiana em um almoço em família.

A família de Priscyla informou que ela teve morte cerebral. “Estão vendo se tem alguém compatível com ela para receber doação [dos órgãos]. Priscyla tem um coração de atleta”, declarou Alyne Andrade, uma das irmãs dela.

“O hospital não tem autorização da família para falar sobre o caso”, afirmou a assessoria da unidade de saúde, em nota para a imprensa.

A morte de Priscyla ocorreu um dia após a familia postar homenagens e despedidas nas redes sociais. Até a última atualização desta reportagem, não havia informações sobre velório e enterro da veterinária.

O almoço onde a médica veterinária comeu o peixe arabaiana aconteceu no dia 18 de fevereiro, na casa de uma de suas irmãs, a empresária Flávia Andrade. A  Flávia contou ter visto a irmã sentir muitas dores musculares após o consumo do peixe.

“Minha irmã, quatro horas depois [do almoço], disse que o corpo estava diferente, que estava sentindo uma coisa estranha e começou a se apavorar. A musculatura foi travando. Não é que ela tenha ficado paralisada, ela não conseguia se mexer de tanta dor ”, contou a empresária em entrevista no dia 25 de fevereiro 

Priscyla foi socorrida em um primeiro hospital, mas não recebeu o diagnóstico da Síndrome. Em um segundo hospital, ela foi internada.

Dias depois, ao voltar na unidade de saúde para visitar a irmã, Flávia contou ter descoberto que os sintomas eram de Síndrome de Haff depois de ter conversado com um médico. O profissional, segundo a empresária, comentou sobre um outro paciente que tinha desenvolvido os mesmos sintomas de Priscyla após comer o peixe arabaiana.

O que é Síndrome de Haff?

A doença é causada pela ingestão de pescado contaminado por uma toxina capaz de causar necrose muscular, ou seja, a degradação dos músculos. Outros sintomas da doença são decorrentes desse quadro. A síndrome está associada ao consumo de peixes como arabaiana, conhecido como olho de boi, e badejo (veja vídeo acima).

A forma como o animal é contaminado pela toxina que provoca a doença, no entanto, não é consenso entre especialistas. Alguns infectologistas dizem que a toxina é gerada pelo mau acondicionamento do pescado, mas outros afirmam que a toxina vem de algas consumidas pelo animal.

Priscyla Andrade, de 31 anos, comeu peixe arabaiana durante almoço em família — Foto: Reprodução/WhatsApp

Contato: (62) 992719764
(clique para ligar agora)

informativocidades@gmail.com

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.Campos requeridos estão marcados *

*