Ex-presidente da Valec, Juquinha das Neves é condenado a 10 anos

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Ex-presidente da Valec, Juquinha das Neves é condenado a 10 anos
07-02-2017
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Obra da Ferrovia Norte-Sul foi superfaturada em R$ 215 milhões, diz juiz.
Filho e mulher do empresário também foram condenados; defesa recorreu.

O ex-presidente da Valec, José Francisco das Neves, conhecido como Juquinha das Neves, foi condenado a 10 anos e sete meses de prisão por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, por decisão do juiz federal Rafael Ângelo Slomp. Conforme documento, a esposa dele, Marivone Ferreira das Neves, e o filho, Jader Ferreira das Neves, também foram condenados pelos mesmos crimes. A defesa informou  que já recorreu da decisão. O juiz permitiu que os réus recorram em liberdade.

Segundo a decisão, Marivone das Neves foi condenada a nove anos de prisão e Jader das Neves, a sete. Todos os três devem pagar multas, além de R$ 20 milhões por lavagem de dinheiro. Os réus também foram condenados a perder três casas em Goiânia e três fazendas no município de Mundo Novo, no noroeste de Goiás.

O Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO) afirmou na denúncia que Juquinha, a esposa e o filho teriam superfaturado mais de R$ 215 milhões em contratos para a Ferrovia Norte-Sul, enquanto Juquinha era presidente da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias (empresa estatal ferroviária ligada ao Ministério dos Transportes).

Defesa
O advogado da família, Cleuler Barbosa das Neves, informou que já recorreu da decisão no último dia 30 de janeiro. A defesa dos três condenados alega que ofereceu documentos que comprovam a renda da família, no entanto, estes não foram considerados durante a investigação.

“Estamos pedindo a nulidade dessa sentença. O principal é que não respeitaram a ampla defesa. Apresentamos notas e outros documentos que comprovam a evolução patrimonial da família, mas os documentos foram ignorados e sequer analisados pela pericia. A defesa considera isso uma violação do direito de defesa”, disse

Denúncia
A operação “O recebedor”, deflagrada pela Polícia Federal em fevereiro do ano passado, começou a investigar indícios de pagamento de propina, formação de cartel e superfaturamento em obras de ferrovias. O caso começou a ser investigado após acordo de leniência firmado pela construtora Camargo Corrêa.

Segundo o procurador da República, Hélio Telho, na época, a empreiteira que delatou o esquema revelou que, mesmo longe da direção da estatal após 2011, Juquinha seguia recebendo propina. Havia, conforme o relato, “negociações” para que ele pudesse voltar e manter o acordo.

A operação da PF é um desdobramento da Operação Lava Jato. Segundo a Polícia Federal, que coordenou as ações, foram cumpridos sete mandados de condução coercitiva e 44 de busca e apreensão em seis estados e no Distrito Federal.

Também na época das investigações, foram cumpridos mandados de busca na casa de Juquinha. Além disso, ele foi conduzido coercivamente até a sede da PF, na capital, para prestar depoimento.José Francisco das Neves, conhecido como Juquinha, ex-presidente da Valec (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

 

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