Financial Times não patrocinará mais premiação a Bolsonaro em Nova York

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Financial Times não patrocinará mais premiação a Bolsonaro em Nova York
03-05-2019
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Após protestos, Delta e Bain & Company também desistiram de apoiar o jantar de gala, organizado pela Câmara de Comércio Brasileira Americana

O jornal Financial Times anunciou nesta quinta-feira, 2, que não vai mais patrocinar o evento da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, no qual o presidente Jair Bolsonaro (PSL) será homenageado em duas semanas, em Nova York. Nesse jantar de gala, Bolsonaro receberá o prêmio “Pessoa do Ano”.

Um porta-voz do jornal confirmou ao The Guardian que o FT desistiu de financiar a cerimônia, mas acrescentou que pretende “manter uma parceria com a Câmara de Comércio Brasil-EUA” em outros eventos. Organizações de direitos LGBT têm protestado contra as companhias patrocinadoras do evento, alegando que o presidente brasileiro tem atitudes homofóbicas.

Mas outros setores também reagiram, e o FT não é o primeiro a recuar. A companhia aérea americana Delta desistiu de apoiar o evento, sem agregar comentários. A consultoria Bain & Company também fez adotou essa decisão. “Encorajar e celebrar a diversidade é um valor central para a Bain”, escreveu, em nota.

O Museu de História Natural , local onde o evento se dá há anos, recusou-se a abrir seu Salão da Vida dos Oceanos para o jantar a Bolsonaro. A instituição recebeu queixas de visitantes, colaboradores e até de funcionários contra a possibilidade de sediar uma premiação ao presidente brasileiro. Cientistas que trabalham no museu argumentaram que Bolsonaro contraria seus princípios e convicções sobre a preservação da floresta amazônica.

O evento está marcado para o dia 14 de maio, em Manhattan, Nova York. Cada convite custa 30.000 dólares. Antes de Bolsonaro, seu ministro da Justiça, Sérgio Moro, e o governador de São Paulo, João Dória, receberam o mesmo prêmio.

“A escolha do presidente Bolsonaro é um reconhecimento de sua intenção fortemente enérgica de fomentar os laços comerciais e diplomáticos entre o Brasil e os Estados Unidos e seu compromisso firme de construir uma parceria forte e durável entre as duas nações”, insiste a Câmara de Comércio Brasileira-Americana em seu portal na internet.

Outras grandes empresas continuam listadas como patrocinadoras do jantar de gala, entre elas bancos como Morgan StanleySantander e HSBC.

Sarah Kate Ellis, presidente executiva da GLAAD (Gay & Lesbian Alliance Against Defamation), uma organização não-governamental americana em prol dos direitos LGBT, afirmou que sua entidade continuará com os protestos contra as companhias associadas à cerimônia.

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