Jovem que foi para a UTI após ser diagnosticada com doença da ‘urina preta’ recebe alta após um mês internada

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Jovem que foi para a UTI após ser diagnosticada com doença da ‘urina preta’ recebe alta após um mês internada
26-07-2021
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A jovem Kelly Silva, de 27 anos, recebeu alta nesta segunda-feira (26) depois de  um mês internada com a doença da urina preta  em Goiânia . A moradora de Goianésia, no centro goiano, chegou a ir para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e passar por sessões de hemodiálise. A mãe dela, Maria da Conceição disse que está emocionada com a boa recuperação da filha.

“Agora estamos mais aliviadas, passou o sufoco. Ela viveu muita coisa, teve medo de não voltar, mas graças a Deus ela está bem e está surpreendendo a medicina depois o avanço do quadro clínico”, comemora a mãe.

De acordo a Secretaria Municipal de Saúde de Goianésia, a mulher apresentou sintomas da Síndrome de Haff nas primeiras 24 horas após comer peixe contaminado, em 24 de junho. A doença foi confirmada em um hospital de Goiânia e ela deu entrada em um leito de UTI assim que chegou a capital.

O diretor médico da unidade Patrick Ponciano Lima de Almeida disse em nota que nos primeiros dias de tratamento Kelly não teve evolução satisfatória e chegou a ser intubada. No entanto, segundo o profissional, após a extubação, ela apresentou melhora clínica e foi possível liberar a alta médica.

A caminho de Goianésia, a mãe da jovem agradece o apoio de amigos e familiares e relata o sucesso do tratamento da jovem.

“Os rins e os movimentos estão voltando a funcionar, ela está bem. Muita gratidão a Deus e às pessoas que se uniram a nós com oração. Tinham pessoas do Brasil inteiro orando”, conta Maria da Conceição.

O diretor do hospital em que a jovem fez o tratamento explicou que, mesmo após a alta médica, Kelly vai continuar o tratamento com a equipe de nefrologia, psicologia e fisioterapia.

Investigação

A delegada Ana Carolina Pedrotti, de Goianésia, informou que a investigação do caso de Kelly esta em andamento  e o próximo passo é ouvir os envolvidos. Para a titular, a polícia irá apurar se houve algum tipo de crime contra o consumidor e verificar eventual responsabilidade.

Na época, o restaurante onde a jovem comeu peixe cru, prato da culinária japonesa, disse que “não sabe qual pescado desencadeou a doença, que tudo dentro do local está dentro dos padrões estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e que está a disposição para quaisquer esclarecimentos”.

O que é Síndrome de Haff?

De acordo com a SMS, a doença da “urina preta”, a Síndrome de Haff, é uma infecção bacteriana relacionada à ingestão de peixe cru ou cozido. A bactéria é transmitida por meio do consumo de uma toxina que fica na carne.

A doença é caracterizada pela destruição das proteínas musculares, provocando sintomas como a perda da força física, dor muscular, desmaios, febre e urina escura.

A forma como o animal é contaminado pela toxina que provoca a doença, no entanto, não é consenso entre especialistas. Alguns infectologistas dizem que a toxina é gerada pelo mau acondicionamento do pescado, mas outros afirmam que ela vem de algas consumidas pelo animal.

A infectologista Mariana Tassara explicou que a toxina pode ser desenvolvida em peixes crus ou cozidos, já que ela é termoestável, ou seja, não é eliminada em altas temperaturas. Porém, é uma situação rara.

“O acondicionamento desse peixe pode causar essa toxina que provoca a intoxicação alimentar. Por ser uma síndrome bem rara, não é preciso ter pânico”, esclarece a médica.

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