Julgamento tinha sido suspenso anteriormente após juiz que estava a frente do caso se afastar da presidência.
O juiz Lourival Machado da Costa marcou para o dia 23 de junho o júri popular dos cinco acusados de envolvimento na morte do radialista Valério Luiz. O caso estava parado desde que o juiz Jesseir Coelho de Alcântara, que era responsável pelo julgamento, pedir para se afastar do caso, alegando que era suspeito de continuar no processo.
O Jornalista e Radialista foi morto em 2o12 quando saía da rádio em que trabalhava em Goiânia. Cinco pessoas foram denunciadas, entre elas o empresário e dirigente esportivo Maurício Sampaio, apontado como o mandante do crime. Segundo a denúncia, o crime foi motivado pelas críticas constantes de Valério Luiz à diretoria do Atlético, da qual Maurício Sampaio era vice-diretor na época.
O júri está marcado para 8h30, no Fórum Cível, no Park Lozandes. Serão julgados Maurício Sampaio, apontado como mandante, Urbano de Carvalho, acusado de contratar o réu e cabo da Polícia Militar, Ademá Figueiredo para matar o cronista. Também enfrentam o banco dos réus o açougueiro Marcus Vinícius Pereira Xavier, que teria participado do planejamento, e o PM Djalma da Silva, denunciado por atrapalhar as investigações.
foi feito contato das 15h às 15h30 por telefone e mensagem de texto com as defesas dos acusados, mas não obteve respostas até a última atualização dessa reportagem.
O filho do radialista, Valério Luiz Filho, comemorou o agendamento do julgamento. “Estou bem satisfeito. O júri tinha sido marcado anteriormente, mas desmembrado, mas na minha visão isso prejudicaria o caso. O juiz anterior se afastou do julgamento alegando que não o fórum não tinha a estrutura necessria , mas foi feito uma reforma e, agora, ele será feito com todos os réus ao mesmo tempo. Na nossa visão, esse é o ideal, estamos com grande expectativa”, disse.
A Polícia Civil concluiu, em fevereiro de 2013, que cinco pessoas participaram do crime. O inquérito possui mais de 500 páginas e mais um volume com provas técnicas contra os suspeitos.
O Ministério Público denunciou Maurício Sampaio como mandante do crime. O documento destacava que os comentários feitos por Valério Luiz geraram entre Sampaio e o radialista “acirrada animosidade e ressentimento” por parte do acusado.