Médico é indiciado por crime sexual contra paciente durante atendimento em Iporá

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Médico é indiciado por crime sexual contra paciente durante atendimento em Iporá
22-06-2021
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O médico ortopedista Otacílio Rodrigues de Barros Neto, de 36 anos, foi indiciado pela Polícia Civil por violação sexual mediante fraude, em Ipóra , região oeste de Goiás. De acordo com o delegado Igor Moreira, a paciente, de 46, estava em uma consulta quando o profissional usou o pretexto de um exame físico para cometer o crime.

“A vítima afirma ter sentido algo tocando em seu corpo. Então, ela se virou e viu que o médico estava com a calça aberta. Ela ficou muito angustiada, muito nervosa, começou a gritar por socorro dizendo que estava sendo assediada”, narra o investigador.

Em nota enviada , o ortopedista, através de seu advogado, nega todas as acusações. O comunicado diz que as informações divulgadas na mídia e nas redes sociais pela Polícia Civil estão inseridas no processo que tramita sob segredo de justiça, por isso o médico não irá comentar os fatos, que ainda serão objeto de apuração na ação penal pertinente caso o Ministério Público entenda ser o caso de oferecimento da denúncia (veja nota na íntegra ao final do texto). O médico responde ao processo em liberdade.

Em depoimento, segundo a Polícia Civil, Otacílio também negou a prática dos atos, mas também disse não possuir desentendimento anterior com a vítima nem existir motivo para que ela fizesse uma acusação falsa em seu desfavor.

O caso aconteceu em 31 de maio deste ano e o investigado foi indiciado na última sexta-feira (18). Ao indiciar o profissional, o delegado também pediu a suspensão temporária do exercício da medicina e aguarda decisão judicial, além de encaminhar o documento ao Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego).

Em nota publicada em uma rede social na noite de segunda-feira (21), o Hospital São Paulo, onde o crime teria ocorrido, diz que repudia o assédio e violência de qualquer natureza contra a mulher.

“Acreditamos, também, na importância da apuração cautelosa, responsável e imparcial dos fatos”, diz o comunicado.

Questionamos  por e-mail a unidade para obter informações sobre a conduta do profissional e as possíveis consequências, mas a unidade apenas replicou a nota publicada na rede social.

Em nota, o Cremego diz que tomou conhecimento do caso na segunda-feira e vai apurar a conduta do profissional.

Investigação

O investigador afirma que a paciente, após notar a atitude do médico, ficou desesperada e foi amparada por funcionários do hospital.

As enfermeiras e outros médicos do hospital rapidamente foram até o consultório e atenderam essa vítima que estava visivelmente abalada”, fala o delegado.

Em seguida, a paciente registrou o crime na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). Além do depoimento dela, o delegado completa que uma enfermeira também relatou que, há 3 anos, foi assediada sexualmente pelo profissional.

“Nós percebemos que esse caso de 31 de maio não foi um caso isolado, nós iremos buscar ainda por outras vítimas e testemunhas de crimes sexuais cometidos pelo mesmo médico”, narra o investigador.

Conforme o delegado, a enfermeira prestou depoimento na delegacia e a polícia está buscando novas informações sobre o possível delito de assédio sexual ocorrido contra ela, bem como contra outras mulheres da região. Sobre esse caso, segundo a corporação, o investigado também negou, mas novamente disse não existir motivo para que a vítima fizesse acusação falsas.

De acordo com a PC, o crime cometido pode ter pena de até 6 anos de reclusão. A corporação informou também que nome e foto do profissional foram divulgados para auxiliar na investigação.

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) informou que o inquérito ainda não chegou ao órgão.

Nota da defesa

O médico ortopedista Dr. Otacílio Rodrigues de Barros Neto, através de seu advogado, vem a público negar veementemente todas as acusações contra si formuladas por qualquer crime contra a liberdade sexual supostamente ocorrido no dia 31 de maio de 2021, enquanto no exercício de suas atividades profissionais.

Esclareço que as informações veiculadas na mídia e nas redes sociais pela autoridade policial que presidiu o inquérito policial estão inseridas em processo que tramita sob segredo de justiça, nos termos do art. 234-B do Código Penal Brasileiro, e por isso, deixo de tecer qualquer comentário sobre os fatos, que ainda serão objeto de apuração na ação penal pertinente caso o Ministério Público entenda ser o caso de oferecimento da denúncia.

De qualquer modo, as medidas jurídicas cabíveis estão sendo adotadas, e ao final, restará comprovada minha inocência das imputações formuladas inveridicamente pela suposta vítima.

Na oportunidade, o Dr. Otacílio Rodrigues de Barros Neto agradece o apoio que tem recebido de amigos, familiares e pacientes que conhecem a retidão de sua conduta pessoal e profissional, e confia que os fatos serão devidamente esclarecidos e a verdade prevalecerá após a formação do contraditório e da ampla defesa no seio judicial.

O Dr. Otacílio Rodrigues de Barros Neto reitera que se encontra à disposição das autoridades competentes para esclarecimento dos fatos apurados. Era o que havia a esclarecer.

Iporá – GO, 22 de junho de 2021.

Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) de Iporá — Foto: Divulgação/Polícia Civil

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