Mesária ofendida por jogador com frase homofóbica durante jogo deve ser indenizada em R$ 6 mil

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Mesária ofendida por jogador com frase homofóbica durante jogo deve ser indenizada em R$ 6 mil
09-07-2021
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Segundo a sentença da comarca de Goiânia, jogador teria ofendido a profissional com a seguinte frase: ‘Sapatão, sua sapatão, vai procurar uma mulher para você!’. Cabe recurso da decisão.

Uma mesária de futebol deve ser indenizada em R$ 6 mil após ser ofendida por um jogador durante uma partida, em  Goiânia . Conforme sentença do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), o homem teria dito a seguinte frase à profissional quando ela aplicou uma penalidade: “Sapatão, sua sapatão, vai procurar uma mulher para você!”. Cabe recurso da decisão.

 Não  conseguimos  localizar a defesa do jogador ou da mesária para que se posicionassem .

A partida aconteceu em junho de 2018 e a sentença foi dada dois anos depois. Conforme a decisão, a juíza Roberta Nasser Leone do 5º Juizado Especial Cível afirmou que casos de homofobia devem ser denunciados diante da sociedade.

“É inconteste que atos homofóbicos devem ser denunciados, diante de uma sociedade ainda resistente em respeitar a diversidade de raça, cultura, ideologia, crença, gênero e sexualidade, direitos fundamentais garantidos pela Constituição da República Federativa do Brasil”, disse a juíza.

A sentença não informa o local da partida nem qual time o jogador atuava quando houve a ofensa.

Parte da decisão a favor da mesária após frases homofóbicas, em Goiânia — Foto: Reprodução/TJGO

Constrangimento em público

Segundo a defesa da mesária, as ofensas foram feitas em voz alta e presenciadas por várias pessoas que estavam na partida, havendo um ataque à orientação sexual dela, causando constrangimento.

Conforme boletim de ocorrência registrado no dia do caso, o homem disse que “sentiu-se injustiçado sobre as regras aplicadas pela mesária, em campeonato de futebol que o suposto autor jogava”.

A magistrada ressaltou não ter dúvidas de que a mulher passou por situação extremamente constrangedora e humilhante, sem qualquer justificativa possível.

“A meu ver, na situação narrada nos autos supera os meros dissabores da vida cotidiana, atingindo o íntimo da personalidade da requerente (honra subjetiva), bem como sua valoração no meio social (honra objetiva)”, disse a magistrada.

O jogador responde criminalmente por racismo.

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