Informativo Cidades
um ex-tesoureiro da entidade, em razão da venda de bens adquiridos com verba advinda de um convênio firmado com a Petrobrás.
A promotora de Justiça instaurou inquérito civil público para apurar a possível prática de ato de improbidade administrativa por uma ex-dirigente da Associação dos Trabalhadores Rurais da Fazenda Itajá I, o marido, e um ex-tesoureiro da entidade, em razão da venda de bens adquiridos com verba advinda de um convênio firmado com a Petrobrás. Conforme o documento, a associação, que fica em Goianésia, cadastrou-se no Projeto Cerrado Vivo, patrocinado pela Petrobrás, por meio do programa Petrobrás Ambiental, recebendo desta instituição um trator, uma grade aradora, um terraceador, os veículos Montana e uma S-10, além de microcomputador, duas furadeiras, duas roçadeiras, duas máquinas fotográfica, uma peça de esticar arame, uma plantadeira e um sulcador. Estima-se que o total de recursos passados à associação seja superior a R$ 2 milhões.
Há informações, entretanto, que esses bens foram vendidos irregularmente pela diretoria, sem autorização dos associados, tendo sido o carro utilitário Montana adquirido pelo marido da ex-presidente da associação e o dinheiro obtido dividido entre a direção e os associados, depois de descontadas as mensalidades em atraso. Outra suposta irregularidade refere-se à movimentação dos repasses da Petrobrás por uma pessoa que sequer pertence aos quadros da entidade. Essa pessoa teria recebido uma procuração da ex-presidente e do ex-tesoureiro para efetivamente gerir e administrar os recursos públicos depositados na conta da associação, situação que a promotora espera esclarecer em breve com a quebra do sigilo bancário dessa contra, já requerida judicialmente.
A promotora também já requisitou ao Detran informações sobre a cadeia de propriedades dos veículos vendidos irregularmente e à Petrobrás, cópia de toda a prestação de contas realizada pela Associação dos Trabalhadores Rurais da Fazenda Itajá I, referentes ao contrato de patrocínio e informações sobre a realização de auditoria por aquela empresa para averiguar a regularidade dos procedimentos relativos a esse contrato.(Cristiani Honório/Assessoria de Comunicação Social do MP-GO)
