Polícia demite oito delegados por ligação na Operação Monte Carlo

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Polícia demite oito delegados por ligação na Operação Monte Carlo
30-01-2016
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Assessoria da corporação não especificou a participação deles no esquema.
Diário Oficial aponta que eles cometeram crimes contra administração pública.

A Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás determinou a demissão de oito delegados e um agente da Polícia Civil por envolvimento em atos ilícitos investigados na Operação Monte Carlo, que apurava a exploração de jogos ilegais e corrupção no estado e no Distrito Federal. No Diário Oficial de Goiás desta sexta-feira (29), onde foi publicada a exoneração dos investigadores, consta que eles praticaram crime contra a administração pública “devidamente apurado e comprovado em Processo Administrativo Disciplinar”.

Os demitidos são os delegados Marcelo Zegaib Mauad, Niteu Chaves Júnior, José Luis Martins de Araújo, Juracy José Pereira, Hylo Marques Pereira, Rosivaldo Linhares Rosa, Leandro Pinheiro Fonseca Pereira e André Soares Veloso, além do agente Tony Batista Santos Oliveira. Entretanto, o órgão não especificou qual a relação dos ex-servidores com a operação e nem quais as faltas disciplinares cometeram e que justificaram a exoneração.

Em nota, a Polícia Civil informou que dos oito delegados, seis já estavam afastados desde 2012, quando começaram as investigações. Os outros dois ainda estavam em atuação como plantonistas, um em Goiânia e outro em Aparecida de Goiânia, mas não foi dado o nome dos que estavam na ativa. O agente de polícia também já estava afastado das atividades.

Com a demissão, ficou determinado que os ex-servidores ficarão inabilitados de exercer qualquer novo cargo publico estadual por 10 anos.

G1 tenta contato com Leandro Pinheiro Fonseca Pereira desde as 16h, mas as ligações não foram atendidas até a publicação dessa reportagem.

G1 não conseguiu contato com os demais demitidos até a publicação dessa reportagem.

Operação Monte Carlo
Deflagrada pela Polícia Federal (PF) e Ministério Público Federal (MPF) em 29 de fevereiro de 2012, a Operação Monte Carlo trouxe à tona gravações telefônicas que derrubaram um senador da República, abasteceram duas CPIs, uma no Congresso e outra na Assembleia Legislativa de Goiás e causaram mudanças nos comandos da Segurança Pública goiana.

Carlinhos Cachoeira foi preso e acusado de chefiar um esquema de exploração de jogos ilegais e corrupção em Goiás e no Distrito Federal. Ele foi detido no mesmo dia que a operação começou.

O empresário já havia sido condenado pelos crimes de peculato, corrupção, violação de sigilo e formação de quadrilha. Além dele, outras sete pessoas também foram condenadas por crimes de quadrilha, corrupção ativa, violação de sigilo funcional, advocacia administrativa, peculato e furto.

Condenação
O empresário Carlos Augusto Ramos, foi novamente condenado pela Justiça no dia 23 de outubro em desdobramentos da Operação Monte Carlo. Desta vez, segundo o MPF/GO, a medida ocorreu pelo crime de violação de sigilo funcional, com pena de três anos de prisão. Ainda cabe recurso.

O juiz federal Carlos Roberto Alves dos Santos, da 11ª Vara da Justiça Federal de Goiânia o sentenciou a três anos de prisão, sem direito ao benefício da substituição da pena restritiva, pois ele já foi condenado a 39 anos e 8 meses de prisão em outra ação, da qual ele recorreu e aguarda em liberdade.

Além de Cachoeira, o ex-delegado da Polícia Federal Fernando Antônio Hereda Byron Filho também figura como réu no processo. Ele foi flagrado em encontros e escutas telefônicas com o contraventor. Segundo a investigação, o então delegado fornecia informações ao grupo sobre possíveis investigações envolvendo a máfia dos caça-níqueis e, em troca, recebia benefícios financeiros.

Contato: (62) 992719764
(clique para ligar agora)

informativocidades@gmail.com

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