Situação foi registrada na polícia. Aluno foi ouvido e disse que fez gesto obsceno após ter a tarefa criticada, mas não descreveu empurrões e tapas, como registrado pela educadora.
A professora de história Edna de Oliveira Carmo, de 57 anos, descreveu a agressões que sofreu de um aluno de 13 anos no Colégio Estadual Ismael Martins Oliveira, em Rio Verde, no sudoeste goiano. Ela disse que a situação levou-a a pensar em não voltar para a sala de aula.
“Veio para cima de mim, me empurrou com as mãos e com o peito, mandando que eu batesse nele”, disse.
Entramos em contato com a Secretaria de Estado da Educação (Seduce), por e-mail e mensagem às 9h22 desta sexta-feira (25), e aguarda retorno para saber se o estudante denunciado pela professora foi transferido para outra escola e se alguma outra medida foi tomada.
A pasta já havia informado que, junto à coordenação regional de educação de Rio Verde, trabalha “para evitar casos de violência e promover uma cultura de paz nas escolas públicas estaduais”.
Edna contou que, após o episódio, que aconteceu ba quarta feira 23, ela se sentiu desmotivada a voltar à sala de aula. No entanto, concluiu que não deveria deixar o comportamento de um estudante lhe abalar.
“Pensei em não retornar, mas pensei nos meus alunos. Foi um só. O restante está lá me esperando, tanto pelo carinho que eles têm comigo, como para a aprendizagem”, completou.
Denúncia
Ao registrar o caso junto à PM, a educadora contou que estava cobrando uma tarefa e o estudante que ela denunciou não havia concluído a lição, por isso foi levado à cordenação do colégio.
A Polícia Militar também registrou a versão do estudante na presença da mãe dele. Segundo o relato, o adolescente ouviu da professora que sua lição estava “uma porcaria, um lixo” e por isso fez um gesto obsceno e saiu da sala.
Ainda de acordo com o estudante, ele foi impedido de se aproximar da professora ao chegarem à cordenação.
O caso também foi registrado na Polícia Civil da cidade e deve ser investigado.