Provas da JBS sobre pagamento de propina a políticos somam R$ 1,1 bilhão, diz ‘Época’

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Provas da JBS sobre pagamento de propina a políticos somam R$ 1,1 bilhão, diz ‘Época’
08-09-2017
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Revista revelou documentos que serão entregues pela empresa à PGR que comprovariam corrupção entre 2006 e 2017. Entre os beneficiários estão Temer, Lula, Dilma e Serra, que negam.

A reportagem de Revista Epóca desta semana publicou alguns dos documentos que os delatores da JBS entregarão para a Procuradoria Geral da República (PGR) e que, segundo eles, comprovariam o pagamento de propina a políticos de vários partidos entre 2006 e 2017.

Entre os políticos que teriam recebido propina, segundo os documentos, estão o presidente Michel Temer, os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff e o senador José Serra (PSDB-SP), que concorreu à Presidência em 2010.

A revista teve acesso à contabilidade da JBS e, na reportagem, revelou planilhas com pagamentos para campanhas eleitorais em quase dez anos e que seriam propina segundo os delatores.

De acordo com a revista, os documentos que serão entregues à PGR como provas seriam comprovantes bancários, notas fiscais frias, contratos fraudulentos e depósitos em contas secretas no exterior.

A reportagem da “Época” diz ainda que, de 2006 a 2017, a contabilidade da propina paga pela JBS e outras empresas dos irmãoes Joesley e Wesley Batista ultrapassa o valor de R$ 1,1 bilhão.

Desse valor, segundo a reportagem, R$ 301 milhões foram repassados em dinheiro vivo; R$ 395 milhões por meio de empresas indicadas pelos políticos; e R$ 427,4 milhões em doações oficiais de campanha.

A reportagem dividiu os pagamentos por núcleos:

  • Núcleo do governo Michel Temer;
  • Núcleo do chamado Centrão;
  • Núcleo do PMDB no Senado;
  • Núcleo do PMDB na Câmara;
  • Núcleo do PT;
  • Núcleo do PSDB.

Temer

O núcleo Michel Temer, por exemplo, teria recebido ao todo R$ 21,7 milhões. O dinheiro teria sido distribuído para aliados políticos e amigos do presidente em campanhas eleitorais ou fora delas.

Desse valor, segundo a reportagem, R$ 1 milhão foi repassado em dinheiro vivo ao coronel João Batista Lima, amigo de Temer, e teria solicitado pelo peemedebista na época em que ele era vice-presidente. A informação foi revelada em delação premiada pelo executivo da JBS Ricardo Saud.

“O Temer me deu um papelzinho e falou: ‘Olha Ricardo, tem 1 milhão que eu quero que você entregue em dinheiro nesse endereço aqui’. Me deu o endereço. Na porta do escritório dele, na calçada, só eu e ele na rua, na praça Panamericana. Eu peguei e mandei o Florisvaldo lá, falei: ‘Vai lá saber o que que é isso'”, relatou Saud à PGR.

A reportagem de “Época” mostra uma nota fiscal, emitida pela empresa do publicitário Elsinho Mouco, que registra serviços de planejamento estratégico de comunicação. De acordo com delatores, essa nota seria fria e teria sido usada para justificar a entrega de R$ 1 milhão a Michel Temer. Elsinho Mouco é, até hoje, o publicitário de Temer.

Segundo os documentos da JBS revelador pela reportagem, cinco ministros do governo Temer receberam R$ 46,7 milhões.

Centrão

Para o núcleo do chamado Centrão, de acordo com a revista, foram R$ 138 milhões, usados nas campanhas eleitorais de 2010 e 2014 para comprar partidos que, hoje, defendem Temer no Congresso.

PMDB

Para senadores do PMDB, segundo a JBS, foram repassados R$ 29,1 milhões, divididos por cinco parlamentares da cúpula do partido. Um deles, informou “Época, seria o atual presidente do Senado, Eunício Oliveira (CE).

A reportagem mostra uma nota fiscal que seria fria, de uma empresa de Salvador, que, de acordo com delatores, teria sido usada no repasse do dinheiro a Eunício.

Já para a bancada do partido na Câmara, de acordo com a reportagem, foram repassados R$ 55,2 milhões.

PT

Para o núcleo do PT, de acordo com a contabilidade da JBS, foram repassados US$ 151 milhões no exterior e R$ 111,7 milhões no Brasil. Esse dinheiro, segundo delatores, foi propina paga em troca de financiamentos obtidos pela empresa junto ao BNDES.

A reportagem traz trechos dos extratos de duas contas no exterior que teriam sido usadas, segundo a JBS, para depositar a propina do PT durante os governos Lula e Dilma. Esse dinheiro teria sido usado na campanha de Dilma à reeleição em 2014.

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