Quentinha de frango e estudo do processo: as primeiras horas de Cunha preso

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Quentinha de frango e estudo do processo: as primeiras horas de Cunha preso
20-10-2016
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Em compensação, o peemedebista já se encontrou, em menos de 24 horas, com oito advogados dos quatro escritórios de direito criminal que fazem a defesa dele em Curitiba e Brasília por conta de sua principal ocupação: o estudo do processo em que é réu e a definição das estratégias de defesa.

As primeiras horas que o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) passou de ontem para hoje (20) na carceragem da Superintendência da Polícia Federal do Paraná, em Curitiba, não tiveram visitas de familiares dele e nenhuma outra medida que fuja à situação dos demais presos, como alimentação especial ou dia extra de visitas.

Em compensação, o peemedebista já se encontrou, em menos de 24 horas, com oito advogados dos quatro escritórios de direito criminal que fazem a defesa dele em Curitiba e Brasília por conta de sua principal ocupação: o estudo do processo em que é réu e a definição das estratégias de defesa.

“Ele está muito tranquilo, estudando o processo, fazendo anotações e discutindo a estratégia de defesa com os advogados”, afirmou nesta quinta-feira, no final da manhã, o advogado Marlus Arns, que, até então, defendia a mulher de Cunha, a jornalista Claudia Cuz, em outro processo da Lava Jato.

De acordo com o advogado, Cunha está em um cela separada dos demais presos, mas na mesma ala onde se encontra, por exemplo, o ex-ministro Antonio Palocci (governos Lula e Dilma). Além deles, a carceragem da PF conta com outros nomes de destaque da operação, como o empresário Marcelo Odebrecht e o doleiro Alberto Yousseff. Cada cela tem 12 metros quadrados, cama de alvenaria com colchonete, sanitário e grades.

Indagado se Cunha fez algum tipo de pedido especial de alimentação, Arns negou. “Ele está na mesma condição dos outros presos, sem nenhum pedido especial –é um tratamento igual para todos e será o mesmo para ele”, disse.

Apesar das declarações de Arns, por volta das 15h30, dois advogados do ex-deputado subiram o elevador que dá acesso ao local onde os presos ficam com itens de higiene e alimentos –como papel higiênico, macarrão instantâneo e refrigerantes. Os produtos estavam em cinco compartimentos de plástico.

Advogados de Cunha levam papel higiênico, macarrão instantâneo e refrigerantes

Cunha se alimentou ontem à noite da mesma marmita oferecida aos demais presos –na qual, segundo um agente ouvido pela reportagem, havia arroz, feijão e frango.

Sobre a ausência de familiares na sede da PF em Curitiba, o advogado informou que essa foi uma orientação da defesa a fim de que sejam preservados tanto a família quanto o ex-deputado.

“Os advogados têm acesso a seus clientes todos os dias, não há nenhum problema nisso, e a PF tem dado um tratamento muito adequado aos advogados e ao réu”, disse, para completar: “Não há previsão da visita de familiares dele, até porque, os ânimos na sociedade estão bastante exaltados e a gente prefere preservar a condição dele e a da família”, declarou Arns, para quem, agora, o objetivo é “discutir juridicamente o caso”.

Ontem, na chegada de Cunha à PF e Curitiba, um grupo de cinco manifestantes o esperou aos gritos de “fala, Cunha” –menção a uma eventual delação premiada, refutada, por ora, pelos advogados –e aplausos ao juiz federal Sergio Moro, que determinou a prisão do peemedebista. Na saída de dois advogados do caso vindos de Brasília, porém, um outro grupo os hostilizou aos gritos de “ladrão” e “vagabundo” e com insinuações de que os honorários seriam fruto de propina.

“Minha equipe estava junto [durante essas agressões] e sofreu essas agressões verbais, bem como a tentativa de agressões físicas. Houve danos no carro de um dos advogados de nossa equipe”, relatou. “Todos têm direito a à defesa e a contratar um advogado”, concluiu. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no Paraná publicou nota hoje sobre o episódio em que defendeu que “não se confunde, jamais, o papel do advogado com as acusações ou atos imputados a seus clientes”.

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